«O PSD nunca mais voltou a ser o mesmo desde que Aníbal Cavaco Silva o deixou»

«O PSD nunca mais voltou a ser o mesmo desde que Aníbal Cavaco Silva o deixou. Durão Barroso cansou-se do país e o país cansou-se de Santana Lopes. Hoje, em que as soluções para os problemas políticos parecem únicas, a procura de uma identidade é mais complexa que a de um líder».

Helena Garrido, subdirectora do Jornal de Negócios, escreve sobre a crise no PSD e o percurso de José Sócrates. «Laranjas, rosas e nós» é uma avaliação sobre o que correu mal no percurso de Luís Filipe Menezes.

«Luís Filipe Menezes não tinha uma tarefa fácil. Como não a terá o seu sucessor. Mas o actual líder dos sociais-democratas não conseguiu mostrar que conhecia os problemas do país e que tinha soluções menos dolorosas e de maior prosperidade que as concretizadas por José Sócrates. Era isso que queríamos. (...) Mas Menezes perdeu-se em guerrinhas de corte, que mais pareciam querer aborrecer este ou aquele, acertar contas com o passado como aconteceu com o Banco de Portugal ou mesmo recuperar intrigas e boatos em que o PSD se meteu no passado, com péssimos resultados, sobre a vida privada do primeiro-ministro.