Líderes do G20 escolhem melhor regulação como arma

Empenho na regulação dos mercados financeiros. É esta a mensagem que se destaca da declaração final que os líderes do G20, que contempla os países mais industrializados e os emergentes, vão apresentar no âmbito deste encontro.

A cooperação internacional é entendida por todos como outra forma de pensar uma solução para a turbulência financeira. As novas linhas estratégicas serão apresentadas até 31 de Março, período-limite para que cada país adopte medidas internas de reforço da regulação financeira. Na agenda está ainda um novo encontro em Abril e a tomada de posse de Barack Obama como Presidente dos Estados Unidos a 20 de Janeiro.

Outra certeza deste encontro: os líderes dos 20 países que participam no encontro consideram que a gravidade da economia mundial força a tomar acções determinantes e não apenas declarações de intenções.

Soluções em duas partes

Na ordem do dia está já um relatório de cinco páginas que apela a cooperação entre países, defende o livre comércio como modelo a manter e dá destaque à supervisão e colaboração entre países.

O G20 espera ainda, no âmbito de encontrar soluções para a conjuntura, criar novas regras sobre a avaliação de activos das empresas, um dos pontos sensíveis, que muitos acreditam estar na génese da crise mundial.

Sobre a mesa estão ainda, segundo a agência «Lusa», recomendações para mudar o modo como as práticas compensatórias premeiam o risco e também para rever os requisitos de gestão exigidos às instituições financeiras internacionais, identificando quais são as cruciais para a economia global.

A segunda parte do documento, rotulada de «plano de acção», contempla medidas para melhorar a transparência e responsabilidade, a regulação e a confiança nos mercados, o fortalecimento da cooperação e a reforma das instituições internacionais.