Esta dupla negação de duas constatações que se tornaram lugares-comuns no País constitui a principal mensagem do estudo de Pedro Portugal, divulgado ontem no boletim económico do Banco de Portugal, citado esta quarta-feira pelo «Diário de Notícias».
O autor rejeita a ideia de que o modelo de desenvolvimento económico baseado em salários baixos se teria esgotado. Desde logo, porque recusa classificar um modelo económico em função dos salários praticados: «os modelos económicos não têm existência real e é muito duvidoso que se possa, com propriedade, classificar de modelo económico a esta confusão em torno do esgotamento dos salários baixos»; e porque a análise microeconómica contraria a ideia de que os ordenados sejam baixos em Portugal: «o salário é baixo se inferior ao valor da produtividade marginal e alto se superior ao valor da produtividade marginal».
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«Salários em Portugal não são baixos»
- Redação
- PGM
- 15 nov 2006, 08:31
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Os salários em Portugal não são baixos e não existe nenhum indício de que a economia esteja a caminhar no sentido de remunerar melhor o factor trabalho.
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