BCE volta a manter taxas de juro nos 4% por causa da inflação - TVI

BCE volta a manter taxas de juro nos 4% por causa da inflação

BCE mantém taxas de juro nos 4%

Analistas esperam descida do preço do dinheiro em meados do ano

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O Banco Central Europeu (BCE) voltou a manter a taxa de juro de referência para a Zona Euro estável nos 4%, pelo nono mês consecutivo. Tudo por causa da elevada taxa de inflação, que em Janeiro e Fevereiro atingiu os 3,2% na Zona Euro, muito acima do tecto de 2% traçado pelo banco como meta para a estabilidade de preços.

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Além do aumento dos preços, o BCE está preocupado com a subida da massa monetária e do crédito. E nem mesmo os sinais de abrandamento da economia europeia são suficientes para levar o banco central a baixar as taxas.

O mais provável, segundo os analistas, é que a instituição venha a reduzir o preço do dinheiro em meados do ano, quando os sinais de desaceleração económica se intensificarem e a inflação começar a abrandar.

BCE e Bruxelas cortaram previsões para este ano

O próprio BCE cortou as suas previsões de crescimento económico para a Zona Euro. No passado dia 14 de Fevereiro, a instituição cortou as projecções para 2008, de 2,1% para 1,8%. No que se refere à taxa de inflação, a previsão subiu de 2% para 2,5%. Na altura, o banco mostrou-se ainda preocupado com os elevados níveis de incerteza.

Também a Comissão Europeia reduziu as previsões de crescimento da economia europeia para este ano. No caso da Zona, a nova perspectiva aponta para uma expansão de 1,8% e no caso da União Europeia de 2%. Em ambos os casos, a revisão representa uma redução de quatro décimas, ou seja, anteriormente, Bruxelas esperava que o Produto Interno Bruto (PIB) da área do euro crescesse 2,2% e o da União 2,4%.

A Comissão Europeia revelou também novas projecções para a taxa de inflação, apontando para os 2,6% na Zona Euro e 2,9% na União, embora aposte numa desaceleração ao longo do ano e num retorno a níveis mais normais no último trimestre de 2008. A revisão em alta é de cinco décimas em ambos os casos e prende-se com a forte subida dos alimentos e energia.

As taxas de juro praticadas na Zona Euro estão abaixo das dos EUA, que se situam nos 3%. Tanto o banco central dos EUA como o da Inglaterra cortaram já por várias vezes as taxas de juro, por acreditarem que é necessário combater a desaceleração económica.
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