Juros da habitação não param de subir apesar de BCE manter taxas - TVI

Juros da habitação não param de subir apesar de BCE manter taxas

Crédito Habitação

Acréscimo foi comum a todos os períodos, destinos de financiamento e regimes de crédito

Relacionados
A taxa de juro implícita nos contratos de crédito à habitação manteve em Janeiro a tendência de subida, apesar de o Banco Central Europeu (BCE) estar a manter as taxas de referência estáveis.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em Janeiro os juros atingiram um valor médio de 5,602 por cento, mais 0,085 pontos percentuais (p.p.) que em Dezembro de 2007, prolongando-se assim a tendência de subida iniciada em Dezembro de 2005.

A subida foi comum a todos os períodos, registando-se acréscimos mensais de 0,041 p.p. para os contratos celebrados nos últimos 3 meses, de 0,113 p.p. (últimos 6 meses) e de 0,116 p.p. (últimos 12 meses), fixando-se as respectivas taxas de juro implícitas em 5,401%, 5,303% e 5,290%.

Ninguém conseguiu fugir

De resto, essa subida deu-se também independentemente do destino do financiamento: aquisição de terreno para construção de habitação (0,021 p.p.), construção de habitação (0,080 p.p.) e aquisição de habitação (0,086 p.p.), situando-se as respectivas taxas em 5,454%, 5,592% e 5,604%.

A subida mensal da taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação em vigor abrangeu, ainda, os dois Regimes de Crédito. A taxa de juro do Regime Geral registou uma subida de 0,097 p.p., passando para 5,491%, enquanto a do Regime Bonificado Total aumentou 0,048 p.p., situando-se em 6,025%.

As taxas de juro implícitas nos contratos dos Regimes Bonificados Jovem e Não Jovem apresentaram comportamentos semelhantes, aumentando relativamente ao mês anterior 0,049 e 0,048 p.p., para valores de 5,964% e de 6,082%, respectivamente. Os aumentos nas parcelas suportadas pelos mutuários foram ainda mais acentuados, de 0,069 e de 0,065 p.p., respectivamente, reflectindo as diminuições das comparticipações do Estado.

Capital em Dívida e Prestação Vencida também sobem

No mês de Janeiro, o valor médio do capital em dívida no total dos contratos de crédito à habitação em vigor foi de 52.763 euros, traduzindo um acréscimo de 227 euros face ao mês anterior.

Quanto ao valor médio da prestação vencida, nos contratos celebrados nos últimos 3 meses fixou-se em 449 euros, o que representou um decréscimo de 2 euros face ao mês anterior, ficando este valor bem acima do valor médio do conjunto dos contratos em vigor, que foi de 348 euros.
Continue a ler esta notícia

Relacionados