Euribor a 12 meses já chegou aos 5% - TVI

Euribor a 12 meses já chegou aos 5%

Euribor em máximos

Muitos contratos de crédito à habitação poderão sofrer aumento das prestações em Junho

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O que mais se temia, aconteceu. As taxas de juro Euribor continuam a subir em quase todos os prazos e a taxa a 12 meses acaba de alcançar a barreira dos 5%, pela primeira vez desde Novembro de 2000.

A taxa a seis meses, que é a mais usada como indexante dos contratos de crédito à habitação em Portugal, também está a subir e situa-se esta quinta-feira nos 4,9%. Apenas a taxa a três meses desceu, para 4,855%.

A impulsionar as taxas tem estado a turbulência nos mercados financeiros, que aumentou a desconfiança e obrigou a uma revisão da avaliação do risco. Mesmo o financiamento entre bancos registou algum endurecer de critérios e tornou-se mais caro, o que acaba por reflectir-se também nas taxas comerciais, praticadas pelas instituições nos créditos concedidos aos clientes.

Quando baixam as taxas?

O pior é que não se perspectiva para tão cedo uma redução das taxas directoras do Banco Central Europeu (BCE) para a Zona Euro. Inicialmente, alguns analistas acreditavam que esse corte pudesse chegar agora, em meados do ano, mas as diversas casas de investimento foram adiando essa expectativa, havendo já analistas que acreditam que uma descida não chegará antes do final do ano. O próprio presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, já admitiu poder vir a subir os juros, em breve, na Zona Euro.

O BCE mostra, desta forma, resistência aos apelos dos agentes económicos para baixar as taxas de juro devido à inflação, que tem estado muito acima do tecto de 2%, que fixou como ideal para assegurar a estabilidade de preços, a sua principal meta. Nem mesmo os sinais de abrandamento da economia europeia e de recessão nos EUA conseguiu demover o BCE de manter a sua política monetária.

As taxas têm estado em alta desde o início do mês e, particularmente no caso da taxa a 12 meses, ainda não desceu abaixo dos 4,9%, desde que começou o mês de Maio. A não ser que haja uma inversão da tendência até ao fim do mês, algo que os analistas não prevêem, o mais provável é que os contratos de crédito à habitação indexados a esta taxa e que serão revistos em Junho, tendo por base a média de Maio, acabem por sofrer um aumento das prestações mensais a pagar ao banco.
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