Portugal tem acesso garantido aos fundos comunitários com novo orçamento

No discurso que hoje entregou ao Parlamento britânico, o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Jack Straw, afirma que há apenas seis diferenças entre esta nova proposta e a que foi apresentada a semana passada, chumbada pela maior parte dos Estados membros, estando Portugal contemplado em duas delas.

A primeira revisão passa por «alargar o âmbito das mudanças que tínhamos proposto às regras que governam os Fundos Estruturais e de Coesão e alargar a sua aplicação à Grécia e Portugal», acrescenta.

De acordo com o chefe da diplomacia inglesa, esta mudança permitirá a ambos os países «aumentar o efeito das verbas da União Europeia no terreno, aumentando a prosperidade, estabilidade e competitividade».

Além dos fundos de coesão, a presidência britânica também dá razão às pretensões portuguesas no que toca aos fundos de desenvolvimento rural, admitindo Jack Straw que é necessário «oferecer mais fundos de desenvolvimento rural à Finlândia, Irlanda, Portugal, Suécia e Áustria».

Aos deputados ingleses, Jack Straw não explica estas revisões em pormenor, pelo que fica a faltar traduzir os aumentos em números concretos, para saber se Portugal recebe exactamente aquilo que o primeiro-ministro, José Sócrates, veio reclamar a Londres na semana passada.

A presidência britânica da UE propôs hoje um ligeiro aumento do orçamento comunitário para 849,3 mil milhões de euros (1,03% do Produto Interno Bruto da UE) contra 847 mil milhões de euros na primeira proposta de 05 de Dezembro.