Banco de Portugal admite elevar crescimento para 2006

Banco de Portugal (BP) poderá proceder a uma ligeira revisão em alta das suas previsões de crescimento do produto Interno Bruto (PIB) em 2006, disse Vitor Constâncio, governador do BP.

«Admito que algumas notícias e indicadores mais recentes possam levar a uma ligeira revisão em alta, da próxima vez que publicarmos previsões. Vamos ver se se confirmam alguns indicadores mais recentes, mas em todo o caso será uma recuperação moderada», disse Vitor Constâncio em declarações à agência «Reuters».

O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que o PIB cresceu 0,7% no quatro trimestre, com a economia a crescer 0,3% em termos anuais.

O BP previa que o PIB crescesse 0,3% em 2005 e tem uma estimativa de de 0,8% em 2006 contra 1,1 previstos pelo Governo.

«Até agora não vimos razões para fazer grandes revisões à previsão do crescimento que publicamos para 2006, ligeiramente inferior a 1%», disse, aos jornalistas, Vitor Constâncio, à margem de um seminário promovido pela Universidade Católica, em Braga.

«Esses números (crescimento de 2005) coincidem exactamente com a posição que o BP publicou», adiantou o governador do BP, avança a agência «Reuters».

Vitor Constâncio adiantou que os números, hoje revelados pelo INE, «também revelam que o crescimento foi aumentando ao longo de 2005», depois de ter sido muito baixo no princípio de 2005 e «depois foi subindo um pouco e acabou o ano com uma taxa de crescimento mais elevada que se reflectirá no crescimento este ano».

O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, afirmou hoje que as Contas Nacionais, hoje divulgadas, indicam uma retoma moderada da economia portuguesa no último trimestre do ano passado, que se prolongará por 2006.

Constâncio, que falava aos jornalistas durante a Semana Social da Igreja Católica que hoje começou em Braga, disse que o crescimento de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, face a 2004, hoje divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), conferia com as previsões do Banco de Portugal.

Banco de Portugal retoma se prolongará por 2006

« Banco de Portugal sempre referiu que 2005 seria de quase estagnação» afirmou.

Vítor Constâncio sublinhou, no entanto, que, apesar do fraco crescimento registado no ano passado, «s contas indicam que houve já uma retoma ligeira no último trimestre do ano, situação que se manterá ao longo de 2006».

«Mantemos as previsões feitas para 2006 de um crescimento, ainda que moderado, da economia portuguesa», disse em declarações à agência «Lusa».

Disse, também, que o Banco de Portugal «não põe de parte a possibilidade de vir a alterar em alta a previsão de crescimento para 2006».