Em 2008, a alavancagem que dominou os dois últimos anos pode não verificar-se. A constatação é da análise que a Fidelity International realizou sobre o próximo ano em que avança que a era do crédito fácil «chegou ao fim».
Por esta razão, as empresas de «private equity» estão a recuar e a sua ausência de mercado vai implicar que as modalidades tradicionais de investimento tenham um papel central.
Segundo o ponto de vista da Fidelity, 2008 poderá ser um dos «mais interessantes da década» no que diz respeito aos mercados accionistas, dado que o consumo privado e os lucros empresariais podem também não se assemelhar aos dos anos anteriores.
«Nos países desenvolvidos, a confiança dos consumidores poderá também enfraquecer, à medida que o valor dos activos financeiros for ameaçado. A queda dos preços das habitações norte-americanas começou a ter impacto na confiança dos consumidores e a relação entre a confiança dos consumidores e os preços do imobiliário é indiscutível», avança o responsável pela Estratégia de Investimento na Fidelity, Michael Gordon.
Neste sentido, a confiança empresarial poderá sofrer retrocessos caso surjam notícias negativas que afectem o mercado residencial.
Cenário económico «não é brilhante»
Para a Fidelity, a inflação pode tornar-se um verdadeiro problema em 2008, embora neste momento não pareça constituir uma grande ameaça. Os primeiros efeitos estão já a despontar devido ao consumo de energia crescente e de matérias-primas na Ásia: «A grande questão é saber se a resposta dos bancos centrais ocidentais ao abrandamento do crescimento será travada pela subida da taxa de inflação», prevê a Fidelity.
«O cenário económico não é brilhante», lê-se na análise da instituição para o próximo ano.
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Era do crédito fácil «chega ao fim» em 2008
- Rui Pedro Vieira
- 17 dez 2007, 14:22
![crédito, ratoeira](https://img.iol.pt/image/id/275100/1024.jpg)
Inflação poderá tornar-se «verdadeiro problema»
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