Há pontos das negociações em que os dois bancos já chegaram a acordo.
A questão da integração ser feita no BCP e não no BPI, por exemplo, é um desses pontos, segundo o Semanário Económico.
Esta obedece a uma lógica de racionalidade económica: é mais barato integrar a sociedade mais pequena na de maior dimensão, porque há menos património a transferir. Logo o esforço, o custo e os riscos são menores.
O facto de a integraçãp ser feita no BCP obriga a que haja depois uma alteração de estatutos de forma a alterar, por exemplo, o limite de votos que cada accionista deve ter.
O BCP pretende que esse limite seja de 10% mas sobre o capital social e não sobre o capital presente em Assembleia Geral, como hoje acontece com os estatutos do banco liderado por Filipe Pinhal.
Para além de o modelo de governance também ser alterado para o modelo monista.
Segundo cita o jornal, há ainda acordo em relação ao modelo a adoptar: Conselho de Administração com Comissão Executiva, Concelho Fiscal e revisor oficial de contas, havendo também uma Comissão de Auditoria e Controlo Interno no seio do Conselho de Administração.
O rácio de troca também parece não ser o maior problema. O BCP terá proposto trocar 1,6 acções por cada uma da nova entidade. Este rácio é sustentado pelas análises dos bancos de investimento advisers nas negociações. O BPI tem a assessorá-lo a Goldman Sachs e o seu banco de investimento.
Mas o rácio final poderá ficar nas 1,8 acções do BCP por cada uma da nova entidade: um rácio que o administrador financeiro do BCP já admitiu ser o adequado, na conference call com analistas.
No entanto mantêm-se fortes divergências em relação à rotatividade da liderança da Comissão Executiva, proposta pelo BCP.
BCP e BPI já chegaram parcialmente a acordo
- Redação
- 16 nov 2007, 10:22
Mais uma semana de negociações com vista à fusão
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