Bagão diz que bancos e seguradoras tiveram 18 anos para habituar portugueses a comprar «poupanças» - TVI

Bagão diz que bancos e seguradoras tiveram 18 anos para habituar portugueses a comprar «poupanças»

Bagão Félix

O ministro das Finanças e Administração Pública, Bagão Félix, retribuiu esta segunda-feira os recados que as seguradoras e bancos têm mandado à sua decisão sobre a extinção e redução de alguns benefícios fiscais, nos PPR, PPA e CPH.

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À margem da tomada de posse do Inspector-geral das Finanças e do presidente do Instituto de Gestão de Crédito Público, e dando resposta às criticas da banca-seguros, Bagão Félix disse aos jornalistas que «as seguradoras e as instituições financeiras tiveram 18 anos para habituar as pessoas a comprar os produtos, não apenas em função da boleia fiscal mas em função da bondade intrínseca dos produtos. Isto é um aspecto muito importante».

Para além disso, «mal é o país em que se fazem Planos Poupança Reforma (PPRs) só porque estes têm uma boleia fiscal», afirma, garantindo ainda que «não estamos a acabar com a poupança, não estamos a acabar com os PPR, só estamos a dizer que estes, à partida, deixam de ter um determinado incentivo».

O ministro adianta que é, «naturalmente, contra um sistema fiscal, de IRS, e de outros também, em que há incentivos das mais diferentes matrizes, reflectindo algumas situações conjunturais que depois se tornam quase definitivas, outras que já não se justificam muito, outras que se justificarão de outro modo. Eu sou contra o souflé fiscal.»



Quanto ao apelo dos bancos ao bom senso do ministro para esta matéria, Bagão Félix afirma pensar que «bom senso não me falta» e quando mencionado o facto de estar a trabalhar sobre aspectos que tocam a dois sectores de grande peso, a banca e as seguradoras, refere apenas que «são os sectores com que sempre trabalhei».

Recorde-se que Bagão Félix adiantou esta segunda-feira, na mesma ocasião, que vai propor que os benefícios fiscais aos Planos Poupança Acções (PPAs) terminem em 2005, que as Contas Poupança Habitação (CPH) estão a ser analisadas, e que os benefícios nas subscrições e reforços de PPRs também acabam.
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