Expedição encontra montanhas que 'não existiam' e que emergiram devido ao degelo na Gronelândia - TVI

Expedição encontra montanhas que 'não existiam' e que emergiram devido ao degelo na Gronelândia

  • Agência Lusa
  • AM
  • 8 mai, 06:35
Gronelândia. AP Photo/Felipe Dana

São várias as montanhas encontradas pelos exploradores no início da viagem pelo sul da Gronelândia, numa zona pouco explorada antes

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A expedição ‘Groenlândia Inexplorada 2024’, que percorre a ilha no veículo polar ‘trenó de vento’, encontrou montanhas que não apareciam nos mapas, de 1972, e que terão emergido após a diminuição da espessura do manto de gelo.

São várias as montanhas encontradas pelos exploradores no início da viagem pelo sul da Gronelândia, numa zona pouco explorada antes, mas que demonstra a alarmante diminuição da massa de gelo provocada pelo aquecimento global, realçou o explorador espanhol Ramón Larramendi, num vídeo divulgado nas redes sociais e citado pela agência Efe.

A expedição é liderada por Larramendi, criador do ‘trenó de vento’ com o qual já fez diversas viagens, e pretende demonstrar as alterações na paisagem polar que já detetou nas viagens que fez na ilha em 2022 e 2023.

Nesta edição, o espanhol pretende analisar em profundidade a orografia da região, localizar novos achados na cartografia e documentar as montanhas que emergem com o degelo.

É a primeira vez que veículos elétricos autocarregáveis serão utilizados nesta expedição, um transporte sustentável com pegada zero de carbono.

Além de Larramendi, participam os groenlandeses Jens Jacob Simonsen, capitão explorador e responsável pela logística polar, e Joorut Knudsen, agricultor e explorador e especialista em condições glaciais.

Participam ainda os espanhóis Miguel Ángel Vidal, guia de montanha e alpinista e Juanma Sotillos, jornalista e montanhista.

A segunda expedição deste ano, com o nome 'Sos Arctic Windsled 2024', está prevista para começar em meados de maio e viajará com o ‘trenó de vento’ 1.500 quilómetros de sul a norte através do interior da Gronelândia, de Qaleralik a Upernavik, e realizará diversas investigações científicas que transportarão um laboratório móvel de investigação para áreas polares mais inacessíveis, segundo destacaram os responsáveis em comunicado.

Nesta segunda metade das expedições de 2024 a equipa será formada por cientistas e exploradores de diversas nacionalidades, entre estes o alpinista venezuelano Marcus Tobía, os italianos Roberto de Pieri (engenheiro especializado em energias renováveis) e Enrico Gianoli (guia da Groenlândia), o alpinista e cinegrafista espanhol Felipe Ruiz, e Bo Kleffel, responsável pela logística.

Além disso, fazem parte da expedição dois membros do povo Inuit do Ártico, o arqueólogo Aka Simonsen e o explorador Jens Jacob Simonsen, que ficará encarregado da logística polar.

As expedições de 2024 contam com o ‘trenó de vento’ mais avançado já construído, com 20 metros de comprimento e três metros de largura, que transportará 3.000 quilos de material e com inovações na condução, habitabilidade e resistência.

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