«Luz ao fundo do túnel» para desempregados do sector têxtil - TVI

«Luz ao fundo do túnel» para desempregados do sector têxtil

Roupa

Região do Vale do Ave, especialmente afectada pela crise da indústria têxtil, pode vir a utilizar equipamentos de empresas falidas para criar pequenas unidades fabris e assim criar novos postos de trabalho

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Dar trabalho a quem quer trabalhar, reaproveitando competências: o conceito de economia social defendido pelo Governador Civil de Braga, esta segunda-feira, prevê recuperar a mão-de-obra especializada daqueles que se encontram no desemprego e que antes operavam no sector têxtil.

De que forma? Na zona norte «há condições para criar pequenas e médias unidades produtivas que possam constituir exemplos importantes para se dizer que a base industrial da região não é para acabar, é para se manter», garantiu Fernando Moniz, em declarações à Lusa.

A região do Vale do Ave, especialmente afectada pela crise da indústria têxtil, pode constituir a rampa de lançamento desta iniciativa; e há pelo menos uma certeza: não falta «mão-de-obra disponível, que quer trabalhar, com alta experiência e qualificação».

Esta segunda oportunidade de trabalho para os desempregados, e de estímulo para a economia, requer alguns recursos. Para Fernando Moniz a situação fica rapidamente resolvida se forem utilizadas máquinas e outros equipamentos de empresas em processo de falência: uma medida que permite contrariar o destino desses aparelhos que «acabam, muitas vezes, a apodrecer nos tribunais».

O governador sublinhou ainda que «a crise traz dificuldades mas também encerra potencialidades», argumentando que só com a agilidade dos centros de emprego e da Segurança Social, de toda a administração e dos ministérios do Trabalho e da Economia, se poderá caminhar no sentido de uma economia social.

O desenvolvimento da região do Vale do Ave e do Cávado terá de ser feito com tempo: um período de «transição de dez anos» é a meta fixada pelo governador. «Não se pode saltar de uma economia tradicional para uma de ponta». Fernando Pinto encerra assim a ideia de que só com uma «base tecnológica» é que a economia pode progredir.
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