Intermezzo: franceses sem advogado - TVI

Intermezzo: franceses sem advogado

  • Portugal Diário
  • 20 nov 2007, 13:53
Arguido do caso Intermezzo

Arguidos estão sem defesa e o julgamento recomeça esta quinta-feira

Relacionados
Os dois arguidos franceses Corine Gaspar e Thierry Beille, acusados de terem morto um navegador solitário no Algarve, em Agosto de 2006, continuam sem advogado apesar da próxima sessão do julgamento do caso «Intermezzo» acontecer já esta quinta-feira.

Em declarações à Agência Lusa, fonte do 1º Juízo do Tribunal de Lagos explicou que o casal francês «não tinha indicado nenhum advogado» até ao dia de hoje, apesar do início da segunda sessão do julgamento estar marcada para a próxima quinta-feira, dia 22, às 10h00, no Tribunal de Lagos.

Corinne Gaspar e Thierry Beille - há a dúvida se são irmãos ou meio-irmãos, filhos de pai diferente - estão acusados de matar em 2006, ao largo do Algarve, o navegador francês André Le Floch numa embarcação baptizada de «Intermezzo».

A 24 de Outubro, data do início da primeira audiência no Tribunal de Lagos, os arguidos comportaram-se de forma menos usual, mandando papéis ao advogado que os estava a defender, António Vilar.

Vilar admitiu renúncia à defesa dos dois franceses no próprio dia da primeira audiência, facto que veio a confirmar à Lusa a 30 de Outubro, alegando que a sua ética profissional tinha sido colocada em causa.

Caso não indiquem nenhum advogado, é o próprio Tribunal de Lagos que pedirá a nomeação de um defensor oficioso.

Na altura da renúncia do caso, António Vilar comentou que estava a trabalhar para que Corine Gaspar fosse condenada a uma pena onde «pudesse sair em liberdade num curto espaço de tempo"» e que Thierry Beille «talvez conseguisse uma pena de 10 ou 12 anos», quando todos diziam que Thierry iria apanhar 25 anos, observou o ex-patrono.

Corinne e Thierry são acusados dos crimes de homicídio qualificado, roubo e tentativa de ocultação do cadáver de André Le Floch.

A morte do navegador André Le Floch foi provocada por asfixia com estrangulamento, tendo o corpo sido preso por cordas a objectos com cerca de 40 quilos após a sua morte, disse uma das testemunhas, um inspector da PJ.
Continue a ler esta notícia

Relacionados