Covid-19: Alemanha proíbe durante 15 dias que se juntem na rua mais de duas pessoas - TVI

Covid-19: Alemanha proíbe durante 15 dias que se juntem na rua mais de duas pessoas

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  • 22 mar 2020, 18:26

Medida visa conter a propagação da pandemia. No entanto, os alemães podem sair à rua com outra pessoa, mas, caso se trate de um agregado familiar, o número de pessoas pode ser ampliado

A chanceler alemã, Angela Merkel, e os líderes dos estados federados do país decidiram proibir durante duas semanas os ajuntamentos na rua de mais de duas pessoas, uma medida que visa conter a propagação da covid-19.

"Há que reduzir absolutamente aos mínimos todos os contactos", realçou Merkel à imprensa, alertando que festas ou outro tipo de convívios são "absolutamente inaceitáveis".

Os alemães podem sair à rua com outra pessoa, mas, caso se trate de um agregado familiar, o número de pessoas pode ser ampliado.

De resto, continua a ser possível seguir "para o trabalho ou ao médico", informou a líder alemã, bem como praticar desportos ao ar livre de forma individual.

Porém, da reunião deste domingo não saiu 'luz verde' para a extensão do confinamento obrigatório à população à escala nacional, um sistema que já está em vigor na Baviera e em outros estados alemães com elevado número de infetados, mas que enfrenta a oposição de outros estados federados, menos afetados com o novo coronavírus.

Depois deste encontro com os líderes dos estados federados, as atenções voltam-se agora para o anúncio das medidas económicas que o executivo da maior economia europeia prepara para amenizar os efeitos da pandemia.

É esperado que, na segunda-feira, no Conselho de Ministros extraordinário, seja definido um pacote económico "de choque", que poderá ir à votação no parlamento na sexta-feira.

Merkel em quarentena

A chanceler alemã, Ângela Merkel, esteve em contacto na sexta-feira com um médico que testou positivo para o novo coronavírus e “decidiu ficar imediatamente em quarentena” em casa, anunciou o porta-voz do governo alemão.

A chanceler foi “informada que um médico que lhe tinha dado uma vacina contra infeções pneumocócicas na sexta-feira à tarde estava positivo” para o novo coronavírus, indicou Steffen Seibert num comunicado.

Merkel “será testada nos próximos dias” para saber se foi contagiada, adiantou o porta-voz.

A chanceler, 65 anos e à frente do governo alemão desde 2005, “prosseguirá as suas atividades oficiais em quarentena no domicílio” em Berlim, disse ainda Seibert.

A televisão pública alemã ARD noticiou no sábado que a coligação governamental liderada por Merkel avance com um novo endividamento de, pelo menos, 150 mil milhões de euros, mas há outros meios de comunicação social que apontam para um montante muito superior, até ao dobro.

A Alemanha está entre os países com maior número de atingidos pela covid-19, que ascendem já a 18.616, com 55 vítimas mortais, de acordo com os dados hoje divulgados pelo Instituto Robert Koch (organismo responsável pela contabilização de casos na Alemanha).

Porém, a Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos (EUA), projetou hoje que o total de infetados seja de 23.921, e que haja já 92 mortes.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 308 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 13.400 morreram.

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