Rússia renova arsenal nuclear até 2020 - TVI

Rússia renova arsenal nuclear até 2020

Coreia anuncia teste nuclear

Novo programa estatal de armamentos arranca em 2011, anuncia o vice-primeiro-ministro Serguei Ivanov

O novo programa estatal de armamentos russo, que deverá ser realizado entre 2011 e 2020, prevê a renovação total do equipamento das forças nucleares estratégicas, anunciou Serguei Ivanov, vice-primeiro-ministro do Governo da Rússia, noticia a Lusa.

«Terá lugar a substituição completa dos satélites espaciais por aparelhos mais modernos. Será criado um espaço informativo único do campo de combate. E claro que terá lugar a transição para modelos completamente novos, intelectuais, de armamento», declarou Ivanov, que responde pelo complexo militar-industrial russo, numa entrevista publicada esta quinta-feira no diário «Rossiskaia Gazeta».

De acordo com o vice-primeiro-ministro, «esta enorme encomenda é também uma oportunidade de sobrevivência para outros ramos da economia em tempo de crise».

Ivanov sublinhou que, até finais de Março de 2009, deverão ser distribuídas por 1400 empresas estratégicas do complexo militar-industrial encomendas no valor de um bilião de rublos (cerca de 22 mil milhões de euros).

O vice-primeiro-ministro russo recordou que nesse ramo da indústria trabalham cerca de 1,5 milhões de pessoas. O governante sublinhou que «as encomendas de Estado são a medida mais eficaz de combate à crise».

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, já tinha anunciado que, entre 2009 e 2011, o Governo tencionava investir quatro biliões de rublos (cerca de 88 mil milhões de euros) em equipamentos militares. Putin frisou que a crise financeira não iria provocar a redução de investimentos na área do fabrico de armamento.

Serguei Ivanov chamou a atenção para o facto de a passagem para novos armamentos pressupor a utilização de nano tecnologias no seu fabrico.

«Na companhia Sukhoi [que fabrica aviões militares Su], foram criados materiais nano tecnológicos de construção. Isto já não é ficção científica, mas uma realidade», concluiu.
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