EUA: escândalo com sexo, drogas e petróleo

Funcionários de uma agência do Departamento do Interior americano responsáveis pela exploração petrolífera estão envolvidos num escândalo de corrupção que inclui, além de subornos, cocaína e sexo, segundo um relatório publicado esta quarta-feira, citado pela agência France Press.



O documento, redigido pelo inspector-geral do Interior, Earl Devaney, denuncia «uma cultura de falta de ética», pois num dos departamentos da agência há «uma cultura de abuso de estupefacientes e de promiscuidade sexual».

Depois de «mais de dois anos» de investigações, ao longo dos quais «233 testemunhas foram interrogadas, algumas delas muitas vezes» e «470.000 páginas de documentos e correspondência» foram analisadas, Devaney descobriu uma «cultura generalizada de desobediência às regras que regem todos os outros funcionários do governo federal».

Entre Janeiro de 2002 e Julho de 2006, 19 funcionários do serviço de «direitos petrolíferos» (a parte do petróleo entregue pelas empresas ao governo em troca do direito de exploração) receberam «uma vasta gama de presentes» por parte das companhias petroleiras com as quais faziam negócios.

No departamento, «muitos funcionários admitiram que o uso da droga (cocaína) e os encontros sexuais» não eram raros. Além disso, muitos deles trabalharam fora da agência sem informar, como deveriam, os lucros de seu trabalho em sua declaração juramentada.

Segundo a CNN, o relatório adianta que um funcionário participou numa «caça ao tesouro» no deserto paga por uma companhia petrolífera e um antigo supervisor (que comprou cocaína a uma colega a quem promoveu de seguida) tinha relações sexuais com subordinados.