Mãe do luso-descendente raptado culpa presidente - TVI

Mãe do luso-descendente raptado culpa presidente

  • Portugal Diário
  • 3 dez 2007, 18:58

Colômbia: Álvaro Uribe acusado de «sabotar» sempre negociações

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A mãe do luso-descendente raptado na Colômbia disse hoje ter ficado «esmagada» quando viu as imagens do seu filho e acusa o presidente colombiano de «sabotar» as negociações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

«Quando vi as imagens do meu filho, fiquei esmagada. Ele está muito magro e extremamente triste mas, tendo em conta as circunstâncias, acho que ele está óptimo», disse hoje através de e-mail Josephine Rosado à Lusa.

Na passada sexta-feira, o governo colombiano divulgou imagens de vídeo apreendidas a três guerrilheiros das FARC, que mostram o luso-americano Marc Gonçalves, raptado há quatro anos, a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt e vários membros das forças de segurança colombianas.

As gravações são as primeiras provas de que os reféns se encontram vivos.

Questionada sobre o fim da mediação do presidente venezuelano, Hugo Chávez, no processo de libertação dos reféns, imposta pelo seu homólogo colombiano, Álvaro Uribe, Josephine Rosado disse ter confiança no trabalho do chefe de Estado da Venezuela e criticou o presidente da Colômbia.

«Acho que o Chávez, juntamente com o senador colombiano Biedad Córdoba, iriam conseguir a libertação dos reféns», afirmou a mãe do luso-descendente, que acusou o presidente da Colômbia de «sabotar sempre quaisquer negociações».

«Uribe sentou-se ao meu lado e disse-me que sabe como nós [mães] nos sentimos. Se ele sabe como nos sentimos, porque é que está a sabotar as negociações outra vez?», questionou a mãe de Marc Gonçalves, que está raptado há quatro anos na Colômbia.

Josephine Rosado disse ainda ter esperança de que todas as pessoas sequestradas pelas FARC sejam libertadas «no Natal ou antes disso» e sublinhou que ter o seu filho em casa seria «um presente para toda a vida».

Marc Gonçalves foi capturado pelas FARC a 13 de Fevereiro de 2003, quando o avião em que seguia com mais quatro companheiros se despenhou na selva colombiana de Caquetá, durante uma missão de vigilância do cultivo da droga, ao serviço de uma companhia privada contratada pelo governo norte-americano.

Os destroços do avião foram rapidamente cercados por guerrilheiros, que mataram dois tripulantes e levaram como reféns o luso-descendente e dois companheiros.
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