Coreia do Norte: «A guerra pode estalar a qualquer momento» - TVI

Coreia do Norte: «A guerra pode estalar a qualquer momento»

Mapa da Coreia do Norte

Embaixador junto das Nações Unidas diz que acusações de Seul sobre afundamento de navio militar se tratam de «ficção»

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A Coreia do Norte voltou a negar qualquer envolvimento no afundamento de um vaso de guerra sul-coreano e a carregar nas cores da retórica bélica, avisando que a tensão criada por este incidente poderá levar a um conflito armado.

Em declarações proferidaas nas Nações Unidas, o embaixador norte-coreano junto desta entidade, Sin Son Ho, foi peremptório relativamente às consequências de uma eventual condenação do seu país por parte do Conselho de Segurança da ONU: «A guerra poderá estalar a qualquer momento».

«Se o Conselho de Segurança emitir qualquer documento contra nós condenando-nos ou questionando-nos em qualquer documento, então, eu, como diplomata, não posso fazer nada, mas as medidas que se seguirem serão levadas a cabo pelas nossas forças militares», disse Son Ho em conferência de imprensa.

De acordo com a agência Reuters, instado a explicar se as declarações que fez significavam que a Coreia do Norte partiria para a guerra caso o Conselho de Segurança emitisse alguma resolução ou posição condenatória, o diplomata disse apenas: «Eu disse-vos que se alguma acção for tomada pelo Conselho de Segurança contra nós, eu irei perder o meu trabalho». «A guerra poderá estalar a qualquer momento», disse ainda, de acordo com a edição electrónica da CNN.

O responsável norte-coreano apontou o dedo aos vizinhos do Sul, criticando as manobras militares efectuadas pelas forças de Seul.

Apesar da Coreia do Sul garantir que o seu navio foi torpedeado por um submarino do Norte e de uma investigação internacional corroborar estas acusações, Pyongyang diz que esta não passa de uma «história engraçada» e de «ficção», descrevendo os resultados da investigação como uma «fabricação».

O Cheonan foi afundado a 26 de Março. Quarenta e seis marinheiros morreram no incidente, o que levou o governo de Seul a apresentar o tema perante as Nações Unidas este mês, solicitando ao Conselho de Segurança que tome medidas contra a Coreia do Norte para evitar «mais provocações».
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