Informações sobre estado de Fidel «infundadas»

As informações divulgadas, hoje, pelo diário espanhol El Pais segundo as quais o líder cubano Fidel Castro estaria num estado «muito grave» são «infundadas», declarou o seu médico espanhol, José Luís Garcia Sabrido, citado hoje pelo correspondente da CNN em Espanha, informa a Agência Lusa.

Através de informações disponíveis no site do jornal espanhol, fontes médicas do Hospital Gregório Marañón, em Madrid, asseguram que «uma infecção grave no intestino grosso, três operações falidas e várias complicações» mantêm o ditador cubano «prostrado com diagnóstico muito grave».

O médico do Presidente cubano já reagiu ao afirmar que «qualquer informação que não provenha directamente da equipa médica de Fidel Castro é destituída de fundamento».

Em 26 de Dezembro, Garcia Sabrido declarara, ao regressar de Havana, que o dirigente cubano não sofria de cancro, como já fora afirmado, e adiantou hoje à CNN manter estas declarações.

Castro sofre de «uma grave infecção no intestino grosso após três operações falhadas e complicações variadas que degeneraram em peritonite», revelaram fontes médicas do hospital Gregorio Maranon, em Madrid, onde exerce Garcia Sabrido, que examinou Fidel Castro no mês de Dezembro.

O presidente cubano, 80 anos, sofre desde o fim do primeiro semestre de 2006, de uma inflamação aguda do cólon que degenerou numa peritonite e o obrigou a retirar uma parte do intestino grosso e do recto, indicaram as mesmas fontes, consultadas pelo diário espanhol mas não identificadas.

A persistência da infecção impediu a cicatrização e Fidel Castro teve de ser submetido a uma segunda intervenção cirúrgica, durante a qual a totalidade do intestino grosso lhe foi retirada, o que obrigou à colocação de um ânus artificial, explicaram as mesmas fontes.

O estado de saúde do dirigente cubano deteriorou-se após novos problemas de cicatrização afectando o canal biliar, o que o torna num caso de «mortalidade muito elevada» (em 80 por cento dos casos), acrescentou o El Pais, ainda citando as mesmas fontes.

Na segunda-feira, um diplomático cubano admitiu, no Quito, Equador, que Castro sofre de «problemas de cicatrização» que impedem a sua recuperação, informa a Agência Reuters.