Brasil: febre-amarela faz oitava vítima - TVI

Brasil: febre-amarela faz oitava vítima

  • Portugal Diário
  • 20 jan 2008, 10:16

Lavrador de Goiás não resisitiu. Governo rejeita epidemia

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Um novo caso mortal no Estado brasileiro de Goiás elevou para oito o número de pessoas que morreram de febre-amarela desde o início deste ano no Brasil, anunciou sábado o Ministério brasileiro da Saúde.

Análises realizadas ao cadáver de um lavrador de 31 anos que morreu a 04 de Janeiro revelaram que este morreu da doença transmitida pelo mosquito «aedes aegypti», portador também do vírus de dengue, na região rural de Goiás, de onde é originária a maioria das vítimas.

Desde o início de 2008, as autoridades sanitárias registaram 12 casos de febre-amarela, oito dos quais mortais.

Outros sete casos estão actualmente em estudo, segundo o Ministério da Saúde.

Brasil: febre amarela faz mais duas vítimas

Se vai para o Brasil, vacine-se

Os casos mortais, que ultrapassam já o balanço do ano de 2007 (cinco vítimas), correspondem a pessoas não-vacinadas de zonas rurais dos Estados de Goiás e Paraná e também da região de Brasília, longe dos habituais centros turísticos brasileiros, como a Baía do Rio de Janeiro.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselhou na sexta-feira a vacina contra a febre-amarela às pessoas que se desloquem para as zonas florestais, que cobrem três quartos do país.

O aumento quase diário do número de casos suspeitos, que hoje ultrapassavam os 30, criou alarme entre a população que se deslocou em massa aos postos de vacinação.

A situação chegou ao ponto de muitas pessoas optarem por levar a vacina duas vezes, por pensarem que assim ficarão mais protegidas do mosquito.

De acordo com o Ministério da Saúde, pelo menos 31 pessoas foram hospitalizadas devido à reacção provocada pela «overdose» de vacina.

Governo rejeita hipótese de epidemia

Para tentar conter o mosquito portador da doença, o Governo brasileiro anunciou que uma centena de militares se juntará, a partir de segunda-feira, a cerca de um milhar de agentes de saúde pública que efectuam operações de fumigação em Brasília.

O Governo rejeita, no entanto, a hipótese de uma epidemia no Brasil, onde o último caso urbano da doença remonta a 1942.
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