Apoiantes do presidente egípcio, Hosni Mubarak, cercaram esta quinta-feira o hotel Ramsés Hilton, no centro do Cairo, à procura dos jornalistas estrangeiros que ali se encontram, indicaram testemunhas citadas pela agência EFE.
Dois jornalistas espanhóis que se encontram no hotel deram conta à agência EFE desta situação, enquanto a cadeia de televisão Al Jazeera anunciou que grupos de desordeiros entraram no edifício, o que não foi confirmado por responsáveis do hotel.
A correspondente da TVE no Egipto, Rosa María Molló, foi agredida quando tentava cobrir os confrontos que opõem manifestantes pró e contra Hosni Mubarak.
«Os jornalistas não podem trabalhar, estamos sequestrados pelos pró-governamentais», disse a jornalista, citada pelo site da TVE, relatando que muitos jornalistas «permanecem nos hotéis», com receio de serem atacados.
Um jornalista do jornal espanhol «Público», Oscar Abukassem, também foi agredido e seis jornalistas da televisão catalã TV3 foram «retidos» pelas autoridades.
No hotel onde se encontram os correspondentes da TVI foram
confiscadas câmaras a vários jornalistas
, que foram avisados para não recolherem imagens desde o local.
A administração desta unidade alegou medidas de segurança para tomar estas medidas e pediu para que, pela mesma razão, o nome do hotel não fosse identificado.
Cairo: partidários de Mubarak cercam hotel à procura de jornalistas
- Redação
- 3 fev 2011, 18:05
Há cada vez mais relatos de repórteres agredidos e alvo de detenções
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