O primeiro-ministro egípcio, Ahmed Shafiq, apresentou um pedido de desculpa pelos
confrontos que se iniciaram esta quarta-feira na Praça Tahrir
, no Cairo, entre apoiantes do presidente Hosni Mubarak e manifestantes que pedem a sua saída do poder.
O chefe de governo, recentemente empossado, prometeu que a violência será investigada, classificando-a como um «erro fatal», em declarações ao canal televisivo privado al-Hayat.
«Quando as investigações revelarem quem está por detrás deste crime e quem o permitiu, prometo que estes serão responsabilizados e será punidos pelo que fizeram», garantiu.
O primeiro-ministro frisou ainda que «não há qualquer desculpa para atacar manifestantes pacíficos». «É por isso que estou a pedir desculpas», afirmou.
Ahmed Shafiq apelou ainda aos manifestantes que se opõe ao presidente Hosni Mubarak para «irem para casa e ajudar a terminar a crise».
De acordo com os últimos números oficiais apresentados pelo ministro egípcio da Saúde, seis pessoas morreram e 836 ficaram feridas na sequência dos confrontos na Praça Tahrir que se iniciaram esta quarta-feira.
Contudo, a televisão Al Jazeera dá conta que só esta quinta-feira foram mortos sete manifestantes pró-democracia, atingidos por disparos de apoiantes do presidente.
O ambiente na praça continua tenso, numa altura em que o exército se interpôs entre os dois grupos, depois de ontem se ter abstido, em larga medida, de intervir.
Egipto: primeiro-ministro pede desculpa por confrontos
- Redação
- 3 fev 2011, 12:36
Ahmed Shafiq prometeu que os responsáveis serão responsabilizados e punidos
Relacionados
Continue a ler esta notícia