Emprego recusado a mulher por ter tido cancro - TVI

Emprego recusado a mulher por ter tido cancro

  • Portugal Diário
  • 12 jan 2008, 20:59

Metro de Madrid alega que candidata poderia ficar doente de novo

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Rosa Gómez, uma madrilena de 46 anos, concorreu duas vezes às provas de admissão para ser revisora no Metro de Madrid, mas na avaliação médica foi considerada, também por duas vezes, «não apta». A razão: ter sofrido um cancro da mama, segundo noticia o jornal El País.

A empresa alega que o documento que regula as condições de saúde, que todo o trabalhador deve cumprir para aceder a um posto, exclui as pessoas com esta doença quando ainda não passaram cinco anos após o primeiro diagnóstico. A funcionária sofreu a doença em 2005. Rosa considera que é vítima de discriminação laboral, uma opinião partilhada pelos sindicatos, pelo principal partido da oposição, o PSOE, e pelo Comité Espanhol de Representantes de Pessoas com Incapacidade.

Casada e como uma filha de 17 anos, a mulher passou em todas as provas para aceder ao emprego no Metro, faltando apenas a aprovação médica. Quando efectuou o electrocardiograma foi detectada a cicatriz. Questionada respondeu que tinha perdido um peito, mas que já se encontrava «bem» fazendo apenas revisões anuais.

As informações médicas confirmam que Rosa está bem e que não perdeu menos mobilidade no braço devido à cirugia. No entanto, quando foi entrevistada, foi informada que não poderia ter o emprego porque «só tinham passado dois anos e o cancro podia voltar a ressurgir». Quatro dias depois recebeu uma carta que reafirmava por escrito os motivos pelos quais foi considerada «não apta».

A candidata «apresenta antecedentes recentes de processo neoplástico mamário do qual resultam incompatibilidades com os requisitos necessários para o desempenho do posto de trabalho requerido», referia a nota.

Maria Rosa não se conformou com a decisão e decidi concorrer mais uma vez. De novo foi recusada, decidiu denunciar o caso. O Comité Espanhol de Representantes de Pessoas com Incapacidade considera que existem sérios indícios de discriminação.
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