Afeganistão: 2008 foi o ano mortífero para os civis - TVI

Afeganistão: 2008 foi o ano mortífero para os civis

Atentado suicida no Afeganistão

Número de mortos chegou aos 2 118, um aumento de 40 por cento face ao ano anterior

O número de civis mortos devido a actos de guerra no Afeganistão em 2008 aumentou 40 por cento face a 2007, anunciou esta terça-feira a ONU, num relatório segundo o qual forças pro-governamentais são responsáveis por 39 por cento das mortes.

«A missão de assistência das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA) recenseou em 2008 um total de 2.118 civis mortos. O aumento do número de vítimas, quase 40 por cento face a 2007, ano em que foi contabilizada a morte de 1.523 civis, é fonte de forte preocupação das Nações Unidas», segundo a UNAMA.

O ano de 2008 revela-se assim o mais mortífero para os civis após a queda do regime talibã, derrubado em 2001 pela coligação dirigida pelos Estados Unidos, refere a missão da ONU.

«Entre as 2.118 vítimas recenseadas em 2008, 1.160 (55 por cento) foram aparentemente mortas por elementos anti-governamentais e 828 (39 por cento) pelas forças governamentais. A responsabilidade pela morte dos restantes 130 (6 por cento) não pôde ser atribuída a uma ou outra parte», adianta o relatório.

Os ataques de insurrectos afegãos, entre os quais talibãs afastados do poder, em 2001, redobraram de intensidade, nos últimos dois anos, apesar da presença de cerca de 70.000 soldados estrangeiros.

Soldado britânico morto

Um soldado britânico foi morto segunda-feira numa troca de tiros, durante uma patrulha no Sul do Afeganistão, anunciou o ministério britânico da Defesa (MoD).

O soldado foi mortalmente atingido numa troca de tiros ao Sul da cidade de Lashkar Gah, na província de Helmand, enquanto participava numa patrulha a pé com soldados do exército afegão, indicou o MoD num comunicado.

É o oitavo soldado britânico a morrer no Afeganistão desde o início do ano e o 145º desde o início das operações em 2001, 114 dos quais vítimas de acções hostis.

A Grã-Bretanha conta actualmente com 8.300 homens no Afeganistão, a maior parte dos quais lutam contra a rebelião talibã em Helmand.
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