UE dá cerca de 30 milhões de euros a Cuba - TVI

UE dá cerca de 30 milhões de euros a Cuba

Dia-a-dia em Cuba - Foto Lusa/EPA

Para projectos de cooperação na área «do ambiente, ciências, comércio, ajuda alimentar e agricultura»

Relacionados
A União Europeia (UE) vai atribuir entre 25 a 30 milhões de euros a projectos de cooperação com Cuba em 2009, no âmbito de um acordo assinado quarta-feira em Havana pelo Director Geral do desenvolvimento da Comissão europeia, Stefano Manservisi.

Tratam-se «de projectos para o ambiente, ciências, comércio, ajuda alimentar e para a agricultura», declarou o italiano Stefano Manservisi, após a cerimónia de assinatura ao lado do ministro cubano dos Investimentos Estrangeiros, Ricardo Guerrero, na sede do seu ministério.

«Hoje começámos a fazer avançar ideias mais concretas», acrescentou o representante europeu.

Este acordo é «a aplicação» da declaração que foi assinada em Havana, em Outubro último, entre o Comissário Europeu, Louis Michel, e o ministro dos Negócios estrangeiros cubano, Felipe Perez Roque, que assim reactivaram a cooperação após cinco anos de estagnação.

Cooperação tinha sido quebrada por Fidel

A cooperação entre a UE e Cuba foi quebrada em 2003 por Fidel Castro, depois das sanções impostas pela União Europeia para protestar contra a detenção de 75 dissidentes cubanos, 55 dos quais permanecem detidos.

Estas sanções muito simbólicas, que consistem em limitar as visitas bilaterais de alto nível e em convidar sistematicamente dissidentes para as festas nas embaixadas dos países da UE, foram levantadas em Junho passado para incentivar Raul Castro a fazer progressos rumo à democracia.

O texto assinado quarta-feira fixa «as regras de execução dos projectos», que representam no total «cerca de 25 ou 30 milhões de euros» e «serão desenvolvidos em 2009», afirmou o ministro cubano.

Guerrero indicou igualmente que este montante se junta a uma ajuda de dois milhões de euros que Louis Michel desbloqueou por ocasião da sua viagem em Outubro e se destina aos sinistrados dos furacões Gustav e Ike, que provocaram em Agosto e Setembro o equivalente a 5.000 milhões de dólares de estragos em Cuba.

Por seu lado, Manservisi afirmou ter discutido os direitos do Homem com as autoridades cubanas e mostrou-se optimista quanto a essa questão.

«Quando há movimento, quando há reformas, quando há algo que move, creio que devemos ser optimistas», sublinhou.
Continue a ler esta notícia

Relacionados