Timor: mais ataques em preparação - TVI

Timor: mais ataques em preparação

GNR patrulhas as ruas de Díli. Foto:EPA / ANTONIO DASIPARU

GNR tem informações de que o grupo de Reinado está armado e prepara-se para atacar Dili. Militares reforçaram patrulhas e protecção pessoal. Durante a noite, a capital esteve deserta. «As pessoas têm medo». Ramos-Horta permanece estável Ataques previstos há semanas

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«Calma, muito calma», assim foi a noite em Dili após os ataques ao Presidente Ramos-Horta e o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão, disse ao PortugalDiário o capitão Martinho, da GNR, que está em missão em Timor. Mas toda esta calma pode ser apenas o anteceder de novos ataques. Segundo o responsável da GNR, «o grupo do major Reinado anda armado e há informações de que está a preparar-se para novos ataques em Dili».

Depois dos ataques deste domingo, o contingente português reforçou as patrulhas e as medidas de protecção. Agora, os militares da GNR deslocam-se em veículos blindados e com coletes à prova de bala reforçados. «É uma questão táctica», explicou o responsável. «Temos que estar preparados para uma ameaça armada. Já não estamos a lidar com manifestações, jovens a atirar pedras e a manutenção da ordem pública», adiantou. Ainda assim, os homens de Reinado não causaram mais nenhum problema deste os ataques de domingo.

Para a GNR, «este é mais um momento da missão, nem sequer o mais importante», mas não escondem a satisfação de terem sido fundamentais para salvar a vida do presidente timorense.

Esta noite, Dili foi uma cidade deserta. «Foi anunciado um recolher obrigatório, mas ainda não está em vigor. Alguns não saíram por achar que não podiam, outros, por medo», afirmou o responsável.

O capitão Martinho diz que a população está dividida. «Uns estão felizes por o major Reinado ter morrido, mas os que o apoiavam, não estão claro». Esta manhã, a capital de Timor recuperou alguma normalidade. As pessoas foram trabalhar, mas os atentados não foram esquecidos e o estado de saúde do presidente é tema de muitas conversas. Além disso, muitos responsáveis timorenses criticam o tempo que demorou até chegar ajuda para Ramos-Horta e recordam que este ataque era previsível.
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