Washington coloca em prática ordens anti-imigração assinadas por Trump - TVI

Washington coloca em prática ordens anti-imigração assinadas por Trump

  • 21 fev 2017, 16:43
Donald Trump

De acordo com as linhas orientadoras divulgadas esta terça-feira, os chamados “Dreamers” mantêm proteção, mas todos os outros imigrantes ilegais ficam sujeitos a deportação

A administração de Donald Trump vai manter as proteções para os chamados “Dreamers” (numa tradução livre para o português “Sonhadores”), imigrantes que entrem ilegalmente no país como as crianças. Mas todos os outros imigrantes ilegais ficam sujeitos a deportação, de acordo com novas diretrizes divulgadas esta terça-feira e noticiadas pela Agência Reuters.

Estas linhas orientadoras emitidas pelo Departamento de Segurança Interna não são mais do que a implementação do plano para a segurança fronteiriça e imigração assinado pelo presidente dos Estados Unidos em 25 de janeiro. Assim, o Governo federal passa poder prender e deportar qualquer imigrante ilegal, onde quer que seja encontrado, desde que não se inclua naquela classificação de “Dreamer”.

A equipa de Donald Trump começa então a colocar em memorandos internos as indicações do presidente constantes dos decretos assinados na primeira semana de mandato. A guarda fronteiriça e aduaneira será reforçada, assim como os agentes da imigração. Esse ainda está em apreciação judicial e não deverá ser recolocado em prática tão cedo.

Esta terça-feira, durante uma visita ao Museu Nacional Afro-Americano, Donald Trump voltou a sublinhar que uma nova versão dessa lei, que possa contornar os aspetos legais entretanto levantados, deverá ser divulgada “muito em breve”.

No memorando assinado pelo secretário de Segurança Interna, John Kelly, pode ler-se que se pretende implementar “novas políticas destinadas a conter a imigração ilegal e facilitar a deteção, apreensão, detenção e remoção de estrangeiros que não têm bases legais para entrar ou permanecer nos Estados Unidos".

Trump parece, entretanto, estar a amenizar de alguma forma o discurso, pelo menos em alguns aspetos mais delicados. Esta terça-feira, numa entrevista à NBC, Donald Trump condenou o anti-semitismo nos Estados Unidos, depois de confrontado com ameaças a centros judaicos um pouco por todo o país.

Digo-lhe que o anti-semitismo é horrível e vai parar. Tem de parar”, disse.

 

O adeus às leis ambientais de Obama

 

Também esta terça-feira, ficou a saber-se que Donald Trump tratou de reverter uma mão cheia de leis ambientais da era de Obama. As novas leis devem ser assinadas ainda esta semana, avança o Washington Post, citando fontes próximas deste processo.

As novas diretrizes deverão dar indicações à agência de Proteção Ambiental para proceder a alterações aos limites de emissões de gazes, por exemplo. Os funcionários da Agência foram informados que Trump deverá assinar nova legislação assim que o novo diretor da Agência, Scott Pruitt, seja confirmado pelo Senado, adianta a Reuters.

      

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