Manifestação contra gastos com o Papa resulta em quatro feridos - TVI

Manifestação contra gastos com o Papa resulta em quatro feridos

Um polícia, um manifestante e dois jornalistas são as vítimas

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Os confrontos entre a polícia e manifestantes perto do Palácio de Guanabara, no Rio de Janeiro, onde teve lugar a cerimónia oficial de boas-vindas ao papa Francisco, resultaram em quatro feridos e em sete detidos, indicaram, esta noite, as autoridades.

Um polícia sofreu queimaduras no tórax devido ao impacto de um cocktail molotov, tendo sido transportado «com urgência» para o hospital, indicou a Polícia Militar do Rio de Janeiro na sua conta Twitter.

Um fotógrafo da agência noticiosa francesa AFP e outro do Globo foram atingidos na cabeça com objetos, enquanto um manifestante foi ferido na perna por uma bala de borracha, segundo a Polícia Militar, citada pela agência Efe.

A polícia do Rio de Janeiro reagiu com gás lacrimogéneo e jatos de água contra um grupo e manifestantes que protestava nas proximidades do Palácio Guanabara, Rio de Janeiro, onde o papa Francisco esteve algum tempo antes.

O protesto, que reuniu cerca de 1.500 pessoas, segundo estimativas não oficiais, concentrou manifestantes de natureza diversa, desde opositores ao governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, até representantes de entidades que lutam pelos direitos dos homossexuais.

A manifestação teve início do Largo do Machado e só depois seguiu em direção ao Palácio Guanabara, onde o papa Francisco foi recebido antes pela Presidente brasileira, Dilma Rousseff. Quando a confusão com a polícia ocorreu, o papa já tinha deixado o local em direção à residência da Sumaré, onde ficará hospedado.

Outro momento tenso ocorreu próximo do Largo do Machado, também ainda distante do Palácio Guanabara, quando um grupo ateou fogo a um boneco representando o governador Sérgio Cabral. Nessa altura não houve reação da polícia.

Outro grupo, ligado a organizações que lutam contra a homofobia, realizaram um «beijaço gay», enquanto um pequeno grupo de atrizes se manifestou com os seios à mostra para chamar à atenção para questões como o uso da pílula anticoncepcional e o aborto.

Ambos os protestos não foram vistos pelo pontífice nem pelas autoridades, que estavam na sede do Governo do Rio de Janeiro.
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