Parlamento da Ucrânia aprova nova guarda nacional - TVI

Parlamento da Ucrânia aprova nova guarda nacional

Mais 60 mil homens armados pela defesa das fronteiras da Ucrânia

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O parlamento ucraniano vota a criação de uma nova guarda nacional. Mais 60 mil homens armados para defender as fronteiras da Ucrânia, face à tensão na Crimeia.

Esta medida é uma premonição do referendo de domingo na Crimeia, que aponta que aquela região autónoma queira juntar-se à Rússia.

Para além desta demonstração de força física, a pressão diplomática continua a fazer-se sentir quer por parte dos países europeus vizinhos, quer pelos Estados Unidos.

Vladimir Putin, presidente russo, descarta «responsabilidades na crise ucraniana», como disse à comitiva paralímpica em Sochi, onde se realizam os Jogos Olímpicos de Inverno.

No entanto, sabe-se que a Rússia avançou com exercícios militares em várias regiões situadas na fronteira com a Ucrânia para verificar a aptidão das tropas de combate terrestre, como anunciou o ministério russo da Defesa.

«As unidades e divisões das forças armadas intensificaram os exercícios no solo nos polígonos das regiões de Rostov, Belgorod, Tambov e Kursk», indicou o ministério num comunicado, precisando que estas manobras durariam até ao final de março.

O ministério só não indicou quantos soldados foram mobilizados para estes exercícios.

A chanceler alemã, Angela Merkel, já deixou um aviso a Moscovo de que enfrenta «medidas sérias», ou seja, sanções políticas e económicas se não recuar, embora a chanceler não tenha usado a palavra «sanção» na conferência de imprensa que deu esta quinta-feira. Também os Estados Unidos de Obama advertem a Rússia de que deve mudar a atitude.

Merkel disse que a Rússia está a explorar a vulnerabilidade da vizinha ucraniana em vez de ser um parceiro que busca a estabilidade e frisando que a via militar não é a solução para o fim deste conflito, como refere a BBC.

Angela Merkel chega ao ponto de afirmar que se a «Rússia continuar com a mesma atitude das últimas semanas, será uma catástrofe para a Ucrânia». Putin mandou avançar as tropas russas para o território autónomo da Crimeia no final de fevereiro e por lá têm ficado até agora. O presidente ucraniano foi destituído e encontrou asilo na Rússia. Os protestos começaram precisamente com a viragem ou não da Ucrânia para a Europa e de um acordo com a União Europeia.

Esta quinta-feira também foi anunciado pela OCDE que suspendia as conversações económicas com a Rússia. A organização não adiantou as razões, mas, tudo leva a crer com a tensão e indefinição que se vive na Ucrânia, como depreende a BBC.

A guerra do gás

O parlamento da Crimeia, que na quarta-feira aprovou a declaração de independência da Ucrânia, veio esta quinta-feira dizer que o petróleo e o gás da CRimeia devem ser controlados pela companhia russa Gazprom, pelo que decidiá nacionalizar as companhias ucranianas de propeção de gás do Mar negro.
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