Dezenas de milhares de pessoas concentradas para o funeral do general Soleimani - TVI

Dezenas de milhares de pessoas concentradas para o funeral do general Soleimani

  • BC
  • 7 jan 2020, 08:15
Dezenas de milhares em Teerão homenageiam o general Soleimani, morto pelos EUA

Dezenas de milhares de pessoas, vestidas de preto, empunhavam imagens de Soleimani e exigiram vingança contra os Estados Unidos

Os habitantes de Kerman afluíram hoje em massa ao centro da cidade iraniana onde vai ser enterrado o general Qassem Soleimani, assassinado na sexta-feira pelo Estados Unidos.

Dezenas de milhares de pessoas, vestidas de preto, empunhavam imagens de Soleimani e exigiram vingança contra os Estados Unidos por um ataque aéreo que aumentou drasticamente as tensões no Médio Oriente.

Na segunda-feira, a polícia iraniana disse que milhões de pessoas se concentraram em Teerão para prestar homenagem ao general e às restantes vítimas do ataque aéreo norte-americano em Bagdade.

De acordo com a agência de notícias Associated Press, com base em fotografias aéreas tiradas na segunda-feira, pelo menos um milhão de pessoas esteve concentrado na capital iraniana.

O enterro do comandante da força de elite iraniana Al-Quds vai realizar-se no sul do Irão, numa cerimónia que vai ser presidida pelo líder supremo iraniano, ayatollah Ali Khamenei.

Qassem Soleimani morreu na sexta-feira num ataque aéreo contra o carro em que seguia, junto ao aeroporto internacional de Bagdade, ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

No mesmo ataque morreu também o 'número dois' da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular (Hachd al-Chaabi), além de outras oito pessoas.

O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e só terminou quando Donald Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.

O Irão prometeu vingança e anunciou no domingo que deixará de respeitar os limites impostos pelo tratado nuclear assinado em 2015 com os cinco países com assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas — Rússia, França, Reino Unido, China e EUA — mais a Alemanha, e que visava restringir a capacidade iraniana de desenvolvimento de armas nucleares. Os Estados Unidos abandonaram o acordo em maio de 2018.

No Iraque, o parlamento aprovou uma resolução em que pede ao Governo para rasgar o acordo com os EUA, estabelecido em 2016, no qual Washington se compromete a ajudar na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico e que justifica a presença de cerca de 5.200 militares norte-americanos no território iraquiano.

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