Colômbia/Equador: Lula prevê solução pacífica - TVI

Colômbia/Equador: Lula prevê solução pacífica

  • Portugal Diário
  • 4 mar 2008, 22:18
Lula da Silva, presidente brasileiro

Presidente brasileiro acredita que a crise política será resolvida através do diálogo

Relacionados
O presidente brasileiro afirmou esta terça-feira que as tensões políticas na América do Sul serão resolvidas de forma pacífica através da diplomacia, noticia a agência Lusa

Luiz Inácio Lula da Silva disse que a Colômbia agiu mal, quando tropas suas penetraram em território equatoriano num ataque que matou o «número dois» da guerrilha colombiana das FARC, mas insistiu que os presidentes da América Sul encontrarão uma forma de impedir a guerra.

«Estou convencido de que vamos encontrar uma saída calma e pacífica para isto», disse Lula da Silva aos jornalistas depois de um discurso na cidade de Campinas, perto de São Paulo.

Colômbia acusa Chávez de genocídio

FARC: Ingrid Betancourt «podia ser libertada»

Lula da Silva, no seu primeiro comentário sobre a crise, disse que a Colômbia violou claramente a soberania do Equador no ataque conduzido contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

«A Colômbia devia ter pedido ao Equador para deter os membros das FARC», disse Lula da Silva. «Isso não aconteceu, e agora temos de encontrar uma solução». O presidente brasileiro advertiu, contudo, que os esforços para aliviar a tensão levarão provavelmente tempo.

Desvalorizou também o conflito que envolve a Colômbia e a Venezuela porque o presidente Álvaro Uribe e o líder venezuelano, Hugo Chávez, há anos que alimentam divergências por questões que vão desde a guerrilha ao comércio livre com os Estados Unidos.

«A Venezuela e a Colômbia têm andado envolvidas numa guerra de nervos há muito tempo», comentou Lula da Silva.

«O Brasil quer trabalhar com outros presidentes para que as nações da América do Sul possam reduzir [as tensões] porque é a única maneira da América Latina crescer e se desenvolver», defendeu.

O Brasil e o Chile pediram hoje à organização de Estados Americanos (OEA) para enviar uma comissão que investigue o ataque colombiano que matou Raul Reys, considerado o comandante «número dois» das FARC e que era também o porta-voz internacional daquela guerrilha marxista colombiana.
Continue a ler esta notícia

Relacionados