As autoridades mexicanas investigam eventuais abusos de 34 mulheres detidas durante a intervenção que resultou em doze mortos na passada quinta-feira, na cidade do México, informa o jornal 20 minutos.
As mulheres foram transportadas para a esquadra e obrigadas a retirar a roupa em frente a um médico, explicou o presidente da Comissão dos Direitos Humanos do Distrito Federal, Emílio Alvarez.
Alvarez explicou que a intenção das autoridades era procurar lesões nas mulheres e que também se tinha exigido a presença de um psicólogo e de uma médica. De acordo com as declarações das jovens estas não foram tocadas.
Abusos durante o exame médico
A procuradoria-geral da Justiça do Distrito Federal reconheceu que houve má gestão na operação e também no bloqueio da porta.
A dependência também abriu uma investigação sobre os presumíveis abusos, informou o procurador Rodolfo Félix Cárdenas. «O check-up médico às mulheres deveria ter sido feito por uma pessoa do mesmo sexo», explicou.
Até ao momento a Comissão dos Direitos Humanos já contabilizou 106 adolescentes e jovens que foram levados para as instalações policiais, alguns dos quais relataram lesões e golpes provocados pela polícia.
A tragédia que resultou de uma intervenção da polícia para procurar drogas numa discoteca, impediu a saída das pessoas e levou ao pânico. Este tumulto acabou com a morte de nove jovens, três dos quais menores, e três polícias por asfixia e traumatismos diversos.
Autoridades mexicanas investigam abusos de mulheres
- Redação
- AS
- 26 jun 2008, 11:06
Presumíveis abusos que ocorreram durante a detenção de um grupo de mulheres na tragédia da discoteca na Cidade do México estão a ser analisados.
Continue a ler esta notícia