Maputo: novos tiroteios fazem um morto confirmado - TVI

Maputo: novos tiroteios fazem um morto confirmado

Cruz Vermelha continua a atender pessoas nos bairros periféricos da capital moçambicana

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Pelo menos uma pessoa morreu esta quinta-feira nas ruas de Maputo, confirmou ao tvi24.pt o secretário-geral da Cruz Vermelha moçambicana. A informação foi corroborada por Natércia Duarte, directora clínica do Hospital José Macambo.

«Estamos muito preocupados com esta situação, que é uma convulsão social, apesar de se registar uma diminuição gradual do nível de violência. A Cruz Vermelha está no local, tanto em Maputo como em Matola e já hoje registámos um morto, 14 feridos, uma intoxicação e uma pessoa atendida no local», explicou o secretário-geral Américo Ubisse.

O óbito confirmado, transportado pela Cruz Vermelha, é um homem na casa dos 30 anos, que faleceu na zona de portagem entre Matola e Maputo, mais perto da capital.

Segundo o jornal «O País», o indivíduo terá morrido «alegadamente depois de ter sido perseguido e baleado pela Polícia da República de Moçambique». De acordo com testemunhas, não fazia parte dos manifestantes, que pedem medidas para minimizar o alto custo de vida, mas foi confundido pelas forças de ordem e segurança.

Esta quinta-feira ao final da manhã o ministro da Saúde fez uma declaração à comunicação social, confirmando apenas seis mortos, mas há relatos vários que apontam mais de uma dezena.

O trabalho da Cruz Vermelha tem sido feito nos bairros mais problemáticos por «seis equipas móveis em Maputo e uma em Matola», sendo que o meio de transporte é improvisado. «Dependendo do veículo, transportamos quatro ou cinco elementos, pois é preciso deixar espaço para transportar as pessoas para as unidades de saúde», frisou o responsável, que não tem tido mãos a medir: «O número de ocorrências tem diminuído, até porque o contingente policial tem aumentado, conseguindo controlar os ânimos das pessoas».

As vítimas são maioritariamente pessoas atingidas por balas perdidas ou por pedras, sendo que ninguém assume os disparos com balas reais que eventualmente estão a ser feitos pela polícia. De recordar que a Amnistia Internacional deixou exactamente essa dúvida em entrevista ao tvi24.pt
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