Português comanda NATO contra pirataria somali - TVI

Português comanda NATO contra pirataria somali

Reportagem da Nato TV mostra fragata Corte-Real em acção no Golfo de Áden

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Um contra-almirante português está a comandar uma força naval da NATO que combate a pirataria no Golfo de Áden, uma área próxima da Somália. O contra-almirante Pereira da Cunha é o comandante da fragata da República Portuguesa «Corte-Real», o navio almirante do Grupo Naval Permanente 1 da NATO.

Uma reportagem oferecida à TVI pela Natochannel TV (canal de televisão da NATO) mostra a fragata «Corte-Real» em acção e a captura de presumíveis piratas por um navio de guerra holandês, tudo no espaço de um dia.

Missão falada em Português

A 29 de Março de 2009, a fragata «Corte-Real» estava acostada no porto de Djibouti, um pequeno país vizinho da Somália, e preparava-se para mais uma missão.

Ao anoitecer, os 180 homens da guarnição fizeram os preparativos para mais uma saída. Há muito tempo que não se ouviam vozes da Armada portuguesa em paragens tão distantes. O destino era o Golfo de Áden, uma zona onde os piratas da Somália actuam com frequência.

Um dos meios mais importantes da fragata «Corte-Real» é o helicóptero «Lynx», uma espécie de olhos e ouvidos avançados do navio. A presença de metralhadoras pesadas nos helicópteros lembrava que aquela missão era muito diferente das habituais.

Piratas colocam frota da NATO em alerta

O perigo, no Golfo de Áden, é muito real e, nesse dia 29 de Março, nem o navio de abastecimento da marinha alemã «Spessart» se livrou de ser atacado por piratas.

Um navio de guerra holandês respondeu. O ataque dos piratas somalis pôs a frota da NATO em alerta. Um helicóptero de um navio espanhol usou a fragata holandesa «Sete Províncias» como base enquanto procurava os piratas. Na ponte e no convés, todos se preparavam para um eventual confronto.

Ao longe, era possível ver um pequeno barco que poderia pertencer aos piratas. A força de protecção do navio estava a postos e, quando o barco suspeito ficou suficientemente próximo, gritaram-se ordens em somali.

O único homem que era visível a bordo da pequena embarcação obedeceu. Aparentemente, esse homem não pertencia ao grupo que atacou o navio alemão.

De qualquer forma, os presumíveis responsáveis pelo ataque ao navio alemão acabaram por ser capturados: confundirem uma fragata militar com um simples cargueiro custou-lhes caro.

O dia 29 de Março terminou bem para a frota da NATO, mas ainda há muito a fazer até que as águas junto à Somália se tornem novamente seguras.
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