A família de uma das vítimas francesas do acidente do voo 447 da Air France poderá vir a ter acesso ao dossier de investigação. De acordo com fontes judiciais, citadas pelo jornal «Folha Online», a família constituiu-se parte civil do processo judicial aberto em Paris, isto é, considera-se afectada indirectamente com o acidente.
Até ao momento é a única família a adoptar este procedimento. Outras duas famílias apresentaram uma queixa em Paris na semana passada por homicídios involuntários. No entanto, não foram constituídas partes civis.
Em comunidade, a advogada da família que se constitui parte civil, Sophie Bottai declarou que as famílias das vítimas acreditam que a «verdade não foi inteiramente revelada» e constatam que houve uma «filtragem manifesta da informação»
«O que as famílias querem é simplesmente ter respostas legítimas para suas dúvidas legítimas: por exemplo, a última mensagem que o avião enviou foi às 23h10 (horário de Brasília) e até a 1h30 ninguém se preocupou de não ter notícias da aeronave, por quê?», justifica a advogada.
O Ministério Público de Paris abriu na passada sexta-feira uma informação judicial para apurar eventuais homicídios involuntários. A investigação é um trabalho de rotina das autoridades em caso de morte de cidadãos franceses no estrangeiro.
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Voo 447: famílias das vítimas exigem respostas
- Redação
- RS
- 11 jun 2009, 21:13
«A verdade não foi inteiramente revelada», dizem os familiares
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