Julian Assange: «Não matem o mensageiro por dizer a verdade» - TVI

Julian Assange: «Não matem o mensageiro por dizer a verdade»

Julian Assange - Wikileaks

Fundador do Wikileaks queixa-se de que o site tem sido atacado e ele próprio ameaçado, mas os jornais que também publicam os documentos escaparam incólumes

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O fundador do Wikileaks pediu esta terça-feira para «não matarem o mensageiro por revelar verdades incómodas», num artigo de opinião para o diário The Australian, onde argumentou que o site «merece protecção, não ameaças e ataques».



No texto disponível no site do diário australiano, lembrou que «o WikiLeaks não é o único a publicar os telegramas diplomáticos dos EUA», lembrando que estes estão a ser divulgados pelo The Guardian (Reino Unido), El País (Espanha), Le Monde (França), Der Spiegler (Alemanha) e The New York Times (EUA).

«A Wikileaks publica sem medo factos que devem ser tornados públicos. Usamos a internet como novo meio de revelação da verdade. Inaugurámos um novo tipo de jornalismo, o jornalismo científico. Trabalhamos com outros media para levar as notícias às pessoas, mas também para provar a verdade. Depois de ler a análise jornalística, é possível consultar o documento original».

«Estão a tentar matar o mensageiro (sem atingir os jornais, porque esses já têm tradição enquanto o Wikileaks não) por dizer a verdade.»

«O Wikileaks revelou algumas verdades inconvenientes sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão, e revelámos histórias de corrupção em grandes empresas. Não sou contra as guerras, mas sim contra que os governos mintam às suas populações, que lhes peçam que ponham as suas vidas em risco», escreveu.

Assange queixou-se, de o «site» ser vítima dos «mais brutais ataques e acusações do governo norte-americano e dos seus seguidores», de ele próprio ter sido acusado de «traição», de terem sido feitos vários pedidos para ele ser «abatido» e de até o bem estar do filho ter sido ameaçado.
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