Geórgia: polícia acusada de abater animais e tirar selfies junto aos corpos - TVI

Geórgia: polícia acusada de abater animais e tirar selfies junto aos corpos

  • Sofia Santana
  • 15 jun 2015, 23:56

Denúncias partem dos funcionários do zoo. Responsáveis acreditam que perderam mais de metade dos animais

Relacionados
A polícia da Geórgia tem sido acusada de abater, de forma indiscriminada, os animais do jardim zoológico, mesmo quando estes são acalmados com tranquilizantes, na sequência das cheias que devastaram a capital Tbilisi e que fizeram pelo menos 14 mortos. Mais, segundo fontes citadas pelo "The Guardian", vários agentes foram vistos a tirar selfies junto dos corpos dos animais abatidos.

“Não queria acreditar no que estava a ver. Era como um troféu para eles”, contou  um dos funcionários do zoo jornal britânico.


O funcionário descreveu o caso particular de um lobo que tinha sido acalmado com recurso a um tranquilizantes, mas que, mesmo assim, acabou abatido. Apenas três dos 20 lobos do zoo sobreviveram às cheias.

Num outro caso, um raro leão branco, Shumba, que se tinha tornado inseparável do cão Karikula, terá sido abatido porque estava a afogar-se, segundo contou uma das responsáveis do zoo Julia Kandarova.

"A polícia disse que abateu o Shumba porque ele se estava a afogar. Mas era mesmo necessário matá-lo?"


O governo da Geórgia informou que 14 pessoas morreram na sequência das cheias que afetaram a capital
em poucos minutos.

Alguns animais, como ursos e hipopótamos, escaparam do zoo e foram vistos à solta nas ruas de Tbilisi. A grande maioria ter-se-à afogado ou acabou abatida.

Os responsáveis do zoo acreditam que perderam mais de metade dos 600 animais, incluindo todos os tigres e a maior parte dos leões e dos ursos. Muitos voluntários têm ajudado a equipa na limpeza e reorganização do terreno.

As chuvas torrenciais que se fizeram sentir no fim de semana provocaram um cenário de destruição: casas que ruíram, carros debaixo de lama, estradas cortadas e ruas transformadas em rios. Onze pessoas continuam desaparecidas.



 
Continue a ler esta notícia

Relacionados