Empresas espanholas em Portugal aumentaram 14% em dois anos - TVI

Empresas espanholas em Portugal aumentaram 14% em dois anos

Bandeira de Espanha1

Total de 1.200 sociedades em 2007

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O número de empresas espanholas a instalar-se em Portugal continua a aumentar (14 por cento), apesar do decréscimo do investimento estrangeiro em Portugal, também provocado pela crise mundial e que tem afectado bastante o país vizinho. A conclusão é de um estudo da Câmara de Comércio e Indústria Luso Espanhola (CCILE), que contabilizou 1.200 empresas deste tipo no ano passado, face às 1.005 em 2005.

«Destas, 807 foram identificadas como tendo capital maioritariamente espanhol, as quais, no seu conjunto, são responsáveis por um volume de negócios global da ordem dos 16 mil milhões de euros, o que representa mais de 9% da riqueza nacional», revelou o presidente da instituição, Enrique Santos, num almoço/conferência com os jornalistas.

Para o responsável, esta tendência explica-se, em parte, pelo facto de que as empresas espanholas, devido à crise, terem de procurar novos mercados, nomeadamente os mais próximos como Portugal e França.

Na apresentação do estudo «Empresas de capital espanhol em Portugal», Enrique Santos adiantou que estas empresas empregam 82 mil pessoas, na sua grande maioria portugueses, mesmo em cargos administrativos, o que assume que nem sempre foi feito. «Foi um erro que se cometeu ao princípio e que não faz sentido. Os executivos têm que conhecer os países», comentou.

Lisboa concentra 2/3 destas sociedades

O sector com mais trabalhadores é o dos serviços de segurança e limpeza, sendo a Prosegur o maior empregador, com 7.500 efectivos e que, a nível nacional, é o quinto maior empregador.

A nível de localização das empresas espanholas, a preferencial é Lisboa e a Grande Lisboa que, juntas, representam quase dois terços. O Porto significa apenas 12% e depois há alguns núcleos em distritos como Coimbra, Aveiro, Setúbal ou Viana do Castelo.

«No Norte há uma interligação muito estreita coma Galiza pelo que não há necessidade de manter estruturas», disse a mesma fonte.

E não é só a força de trabalho que tem crescido com estas empresas, mas também o volume de negócios e os investimentos. «Há muitos casos de actividade fabril e que estão de boa saúde e continuam a investir, é o caso da Roca, Repsol, La Seda de Barcelona, Pescanova,...», adianta a CCILE.

A médio/longo prazo, as perspectivas do presidente da instituição são também positivas. «O sentimento geral é que o aumento do investimento em Portugal é para continuar», afirmou.
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