BCP informado sobre análise de independência do CGS

A garantia foi dada esta segunda-feira por fonte oficial da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), citada pela agência «Reuters», depois de alguma imprensa tem referido que o CGS do Millennium BCP não tem uma maioria de membros independentes e sem incompatibilidades com o banco, conforme impõe o Código das Sociedades Comerciais, tendo de ser mudado. Fonte oficial da CMVM escusou-se a adiantar o teor da análise do regulador.

O Millennium BCP está a passar por uma crise interna pelo controlo de poder que opõe o presidente do CGS e fundador do banco, Jorge Jardim Gonçalves, ao Chief Executive Officer (CEO), Paulo Teixeira Pinto.

Qualquer eventual recomposição do CGS tem de ser feita em Assembleia-geral (AG), mas um grupo de accionistas, que inclui alguns que apoiam publicamente a estratégia do CEO, já pediu a convocação da AG para mudar o modelo de governo do BCP, que passaria pela extinção do CGS.

«A CMVM já comunicou ao CGS do Millennium bcp da análise que procedeu à independência e compatibilidade dos seus membros e a CMVM espera que, no mais curto espaço de tempo, esse órgão de supervisão informe o mercado do resultados dessas conclusões», disse, à «Reuters», fonte oficial da CMVM.

O CGS tem 11 membros e quatro suplentes, num total de 15 pessoas.

Negociaram-se 14.919.823 acçoes do BCP a subirem 0,24% para 4,15 euros, próximo de máximos dos últimos seis anos, o que, segundo operadores, se deve ao reforço de acionistas e à entrada de novos accionistas, alinhando ou com o CEO ou com o «chairman».