O economista Paul Krugman, mais recente prémio Nobel da Economia, acredita que o fim da actual crise está «distante».
De acordo com a agência Lusa, o especialista antevê o surgimento de novos escândalos financeiros como o de Bernard Madoff e de mais nacionalizações de bancos.
Em entrevista à rádio espanhola Cadena Ser, Paul Krugman afirma que «a crise é pior do que inicialmente pensado» e acredita que a actual crise será a pior desde a depressão de 1932.
O Nobel da Economia considerou ainda muito provável a revelação de novos escândalos como a fraude de 50 mil milhões de dólares (35,6 mil milhões de euros) de Bernard Madoff.
«Quase de certeza que vamos ver mais situações deste tipo, porque quando a casa cai encontram-se esqueletos nos armários», afirmou.
Paul Krugman descreveu ainda como «necessária» a decisão da baixa das taxas de juro pela Reserva Federal dos Estados Unidos para um intervalo entre 0 e 0,25 por cento, afirmando que «a melhor forma de evitar uma depressão deste tipo é responder cedo e com agressividade».
As dificuldades de Obama
O economista considerou ainda que o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, não terá uma tarefa fácil no futuro imediato e mostrou a sua preocupação quanto à rapidez da aplicação do pacote de medidas avançadas por Obama para revitalizar o mercado de trabalho e criar emprego.
«É muito difícil implementar um programa deste tipo em menos de seis meses», disse.
Paul Krugman acredita também que a administração de George W. Bush não tem ajudado muito na resolução dos problemas e considera que Bush não foi um bom presidente «nem do ponto de vista económico, nem de qualquer outro ponto de vista».
Nobel da Economia diz que fim da crise está distante
- Redação
- RPV
- 27 dez 2008, 12:17
Paul Krugman espera outros escândalos financeiros como o de Madoff
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