Líder do CDS-PP apela a voto com responsabilidade para resolver crise - TVI

Líder do CDS-PP apela a voto com responsabilidade para resolver crise

  • Agência Lusa
  • 26 mai, 13:22
José Manuel Rodrigues CDS PP Madeira (Homem de Gouveia/Lusa)

“Eu não gostaria de falar de partidos. Vamos falar da região. Estamos também hoje, é preciso que as pessoas tenham consciência disso, a defender a autonomia e a defender a democracia”, defende José Manuel Rodrigues

O cabeça de lista do CDS-PP às eleições antecipadas que decorrem este domingo na Madeira, José Manuel Rodrigues, considerou este sufrágio “o mais importante” para os madeirenses, apelando para que votem com responsabilidade para resolver a crise política nas região.

“Estas são as eleições mais importantes para os madeirenses e porto-santenses”, disse o também líder do CDS-PP/Madeira à agência Lusa após ter votado na mesa da Câmara Municipal do Funchal.

Salientando que o voto “para além do direito é também um dever”, José Manuel Rodrigues, que foi presidente da Assembleia Legislativa da Madeira desde 2019, sustentou que os madeirenses devem votar “com sentido de responsabilidade”.

No seu entender, esta é a forma da Madeira ter “um quadro parlamentar que permita viabilizar um novo governo e, sobretudo, aprovar um orçamento que é absolutamente imprescindível à vida economia e social da região, aos cidadãos, famílias e às empresas”.

Questionado sobre a abstenção, o candidato argumentou que “se nas últimas eleições para a Assembleia da República houve uma descida da abstenção”, também perspetiva que “desta vez os níveis de votação possam manter-se ou até melhorar em relação às últimas eleições”.

José Manuel Rodrigues recusou falar sobre eleição de deputados do partido, que nas últimas regionais, em 24 de setembro de 2023, concorreu em coligação com o PSD e garantiu três lugares no parlamento regional.

“Eu não gostaria de falar de partidos. Vamos falar da região. Estamos também hoje, é preciso que as pessoas tenham consciência disso, a defender a autonomia e a defender a democracia”, declarou.

Para José Manuel Rodrigues, “a autonomia foi pouco abordada nestas eleições”, insistindo que “não podemos deixar cair a bandeira da autonomia porque é essa capacidade de autogoverno que faz com que a Madeira possa ter progredido no passado e possa vir a desenvolver-se no futuro”.

As eleições legislativas regionais antecipadas na Madeira decorrem hoje, num escrutínio em que mais de 254 mil eleitores são chamados a votar e 14 candidaturas se apresentam para formar um novo parlamento e um novo governo.

Em disputa nas eleições, com um círculo único, estão 47 lugares da Assembleia Legislativa Regional e, segundo dados do Ministério da Administração Interna, estão recenseados para votar 254.522 eleitores, dos quais 249.075 na ilha da Madeira e 5.447 na ilha de Porto Santo.

As 292 secções de voto distribuídas pelas 54 freguesias dos 11 concelhos do arquipélago estarão abertas entre as 08:00 e as 19:00.

Na corrida estão uma coligação e 13 partidos únicos.

As eleições antecipadas de hoje ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Na última legislatura, a Assembleia Legislativa da Madeira tinha 20 representantes do PSD, três do CDS-PP, 11 do PS, cinco do JPP e quatro do Chega. A CDU, o BE, o PAN e a IL ocupavam um lugar cada.

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