Os Azeitonas não querem repetir fórmulas de êxitos anteriores - TVI

Os Azeitonas não querem repetir fórmulas de êxitos anteriores

Os Azeitonas

Banda portuense edita novo álbum, «Az», mas sem tentar fazer um novo «Anda Comigo Ver os Aviões»

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Os Azeitonas, que andam há dez anos a escrever canções pop em português, editam na segunda-feira um novo álbum. Com «Az», a banda quer chegar a mais pessoas, sem repetir fórmulas de êxitos anteriores, escreve a agência Lusa.

«Az» é o quarto álbum de originais da banda portuense formada em 2002, que diz ter conquistado um espaço na música portuguesa à conta dos concertos pelo país e de um contacto de proximidade com o público com a ajuda da Internet.

Ao longo de dez anos, o grupo foi fazendo canções que, involuntariamente, se tornaram êxitos, como «Quem És Tu Miúda», «Sílvia Alberto» e, mais recentemente, «Anda Comigo Ver os Aviões» - tema do álbum «Salão América» (2009) que foi recuperado por um candidato do programa televisivo Ídolos.

«Não sabemos como fazer essas coisas [tornar as canções em êxitos], é alheio às nossas competências», disse o guitarrista Miguel Araújo, um dos elementos d'Os Azeitonas.

Ao fim de uma década, com mudanças na banda e na forma como editaram e divulgaram as músicas, Miguel Araújo, Mário Brandão (Marlon), João Salcedo (Salsa) e Nena Fonseca decidiram, pela primeira vez, gravar um álbum com «estúdio, orçamento e tempo».

«As coisas que não conseguimos realizar nos outros [discos], conseguimos neste», referiu o vocalista, Mário Brandão.

No entanto, as canções seguem a linha das anteriores: «Tem rock, baladas, umas mais acústicas, mas tem instrumentos que não usámos nos outros, clássicos e sopros», disseram Mário Brandão e Miguel Araújo, este último o que assina grande parte das letras das canções.

Muitos dos temas novos foram feitos em digressão, mas a banda não quis pensar em repetir fórmulas, para conseguir o sucesso que teve, por exemplo, com «Anda Comigo Ver os Aviões».

«Podia ter aparecido [um tema semelhante], mas acho que é um erro clássico fazer uma música igual, fazer um plágio de si próprio», afirmou João Salcedo.

Também é a primeira vez que editam pela Parlaphone Music Portugal, ex-EMI Music Portugal, e têm mais contacto com jornalistas na divulgação do novo álbum, porque querem chegar a mais pessoas.

Mas sabem que têm um núcleo duro de fãs, que enche os concertos um pouco por todo o país, «que não liga muito ao que se passa no panorama musical, que não lê imprensa, não está atenta aos fenómenos», descreveu Miguel Araújo.

Foi com os fãs que fizeram agora o teledisco de um dos temas novos, «Ray-Dee-Oh», convidando-os a gravar vídeos caseiros interpretando a música.

Para Os Azeitonas, o novo álbum não tem título («Az» é forma de se referirem uns aos outros) e a capa apresenta um retrato com os vinte elementos que integram a atual comitiva: músicos, técnicos, roadies, agente, fotógrafo e motorista.

Preferem dar 40 concertos, como aconteceu em 2012, do que fazer dois ou três festivais de verão - «não temos onda», diz João Salcedo - e até ao final deste ano têm pelo menos mais vinte atuações pelo país.

Entre todos os concertos destacam, por serem salas importantes, a estreia nos coliseus do Porto e de Lisboa, a 2 e 15 de novembro, respetivamente.

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