Homens da Luta «respondem» aos Deolinda com «Que Esperto Que Eu Sou»

Os Homens da Luta apresentaram uma nova versão de «Que Parva Que Eu Sou», a canção que os Deolinda estrearam recentemente nos coliseus do Porto e de Lisboa.

Anunciado no Facebook como «a música que o governo prepara para responder à camarada Deolinda», o tema satírico transforma versos como «Sou da geração sem remuneração/E nem me incomoda esta condição/Que parva que eu sou» em «Sou da geração da corrupção/Violo a lei e a Constituição/Que esperto que eu sou».

A canção original dos Deolinda, que nos coliseus foi recebida com muitos aplausos pelo público, ainda não foi editada oficialmente, mas tem sido partilhada nas redes sociais através de vários vídeos gravados nos quatro concertos.

Compara aqui as letras do original dos Deolinda e da versão dos Homens da Luta:

«Que Parva Que Eu Sou»

Sou da geração sem-remuneração

E nem me incomoda esta condição

Que parva que eu sou

Porque isto está mau e vai continuar

Já é uma sorte eu poder estagiar

Que parva que eu sou

E fico a pensar

Que mundo tão parvo

Onde para ser escravo

É preciso estudar

Sou da geração casinha-dos-pais

Se já tenho tudo, p'ra quê querer mais?

Que parva que eu sou

Filhos, marido, estou sempre a adiar

E ainda me falta o carro pagar

Que parva que eu sou

E fico a pensar

Que mundo tão parvo

Onde para ser escravo

É preciso estudar

Sou da geração vou-queixar-me-pra-quê?

Há alguém bem pior do que eu na TV

Que parva que eu sou

Sou da geração eu-já-não-posso-mais

Que-esta-situação-dura-há-tempo-de-mais!

E parva eu não sou

E fico a pensar

Que mundo tão parvo

Onde para ser escravo

É preciso estudar



Que Esperto Que Eu Sou

Sou da geração da corrupção

Violo a lei e a Constituição

Que esperto que eu sou

Sou da geração da intimidação

Eu calo jornais e a televisão

Que esperto que eu sou

Sou da geração não-me-canso-de-mais

Estou um piso acima dos comuns mortais

Que esperto que eu sou