O último congresso do CDS, em Aveiro, que culminou na eleição de Francisco Rodrigues dos Santos, conhecido como "Chicão, teve especial destaque no programa Ciruclatura do Quadrado.
O militante centrista, Lobo Xavier, que esteve presente no congresso, debateu os novos obstáculos do partido com os colegas de painel Jorge Coelho e Pacheco Pereira.
Lobo Xavier começou por esclarecer que o CDS foi o primeiro partido a criticar as declarações de André Ventura sobre a deputada do Livre, Joacine Katar Moreira. O comentador referiu ainda que a sociedade não pode ceder à tentação de comentar sistematicamente as declarações do líder do Chega, André Ventura.
Não podemos andar sistematicamente a comentar os ditos de tasca do André Ventura”, reiterou Lobo Xavier.
Relativamente ao congresso do CDS, Lobo Xavier explicou porque apoiou Francisco Rodrigues dos Santos e lembrou que na história do partido já existiram presidentes mais à direita e mais ao centro.
Não me passa pela cabeça que o líder do CDS queira competir com os dichotes de taberna de André Ventura. (...) Se um líder do CDS tiver a ideia de competir com o Chega, está completamente errado”, esclareceu o militante do CDS-PP.
Jorge Coelho, por outro lado, destacou o dinamismo e adesão que aconteceu no congresso do CDS, em Aveiro, que culminou com a eleição de Francisco Rodrigues dos Santos, depois do péssimo resultado nas legislativas.
CDS adotou uma metodologia de querer ir à luta e isso viu-se com a energia do congresso", destacou Jorge Coelho.
O comentador da TVI explicou que a escolha de Chicão foi um “virar à direita” do partido. Jorge Coelho teorizou que o resultado do congresso do CDS demonstra que os militantes do partido querem evitar a “debandada” de eleitores para o Chega.
O CDS virou à direita neste congresso”, deduziu Jorge Coelho.
Pacheco Pereira esclareceu que em Portugal existe uma mistura de rótulos e uma utilização política dos mesmos que, por muitas vezes, não corresponde a nenhuma realidade nem do ponto de vista histórico nem político.
A viragem à direita no congresso do CDS é essencialmente uma viagem de estilo”, garantiu Pacheco Pereira.
O comentador da TVI lembrou ainda que já existiram outras tentativas de viragem à direita no CDS, como o caso do Lucas Pires. Pacheco Pereira evidenciou que o CDS tem uma barreira social relevante, que impede o partido de estar presente em muitos dos locais em que se encontra o PSD e ainda de competir com o Chega.