Bruxelas: economia nacional deve contrair-se 1% em 2011

A economia nacional deverá crescer este ano 1,3% este ano, de acordo com as novas previsões da Comissão Europeia, divulgadas esta segunda-feira. Antes, Bruxelas apontava para uma expansão de apenas 0,5%.

Para atingir um crescimento de 1,3% este ano, Portugal deverá registar uma forte contracção, de 1,4%, no último trimestre do ano, depois de ter crescido 1,1% entre Janeiro e Março e 0,3% nos segundo e terceiro trimestre.

Nas previsões económicas de Outono, Bruxelas acredita, no entanto, que a economia portuguesa voltará a entrar em recessão no ano que vem, apontando para uma contracção de 1%.

A nova previsão da Comissão é assim mais pessimista que a do Governo português, que se recusa a admitir nova contracção da economia no ano que vem. O executivo reviu em baixa a sua previsão para 2011, mas aponta ainda para um crescimento de 0,2%. Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) apresenta-se como o mais pessimista, apontando para uma contracção de 1,4%.

Nos dois primeiros trimestres do ano que vem, a economia portuguesa deverá contrair-se, de acordo com as expectativas europeias, 0,2%.

Segundo Bruxelas, apenas as economias portuguesa e grega deverão entrar em recessão em 2011, já que todas as restantes economias da União deverão crescer.

A economia nacional devera regressar ao crescimento em 2012, com uma expansão modesta de 0,8%, a mais baixa da Europa.

De resto, já em 2010, o crescimento da economia nacional será inferior ao do conjunto da Zona Euro (1,7%) e da União Europeia (2%), o que significa que Portugal enfrenta três anos consecutivos de divergência face à média dos parceiros.

Exportações impulsionam economia

As exportações darão um bom contributo para o crescimento económico. Este ano deverão crescer 9,1%, em 2011 mais 5,6% e em 2012 outros 6,4%.

O consumo privado, por seu lado, deverá crescer 1,6% este ano, mas recuará 2,8% e 0,7% em 2011 e 2012, respectivamente.

Bruxelas acredita que, depois de uma subdia de 3% este ano, o consumo público vai cair 6,8% no ano que vem e 1,3% no ano a seguir.

O investimento também não ajudará muito: cairá 4,1% em 2010, 3,2% em 2011 e 0,4% em 2012.

Veja aqui a reacção da oposição às previsões de Bruxelas

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