Roubou bebé para segurar relação - TVI

Roubou bebé para segurar relação

Procurada no caso do rapto de bebé em Penafiel (Foto Polícia Judiciária)

Penafiel: suspeita confessou rapto e disse que fingiu gravidez. Ficou detida na PJ e será presente a um juiz. PJ quer ouvir o companheiro e a irmã deste, que denunciaram o caso. Resultados dos testes de ADN devem ser conhecidos esta terça-feira

(ACTUALIZADA ÀS 20:30)

A mulher suspeita de ter raptado a bebé de Penafiel terá agido para «segurar a relação» que tinha com o companheiro, apurou o PortugalDiário junto de fonte policial. A mulher com 37 anos terá fingido a gravidez e, para não ser desmascarada, foi ao Hospital de Penafiel, no dia 17 de Fevereiro, para roubar um bebé.

Para não levantar suspeitas junto da família e vizinhos, ter-se-á afastado durante uns tempos, tendo aparecido mais tarde já com a criança.

Fonte da PJ referiu ao PortugalDiário que a senhora confirmou perante a Judiciária a autoria do rapto e que ficou detida, devendo ser ouvida por um juiz na terça-feira, ao que tudo indica no Tribunal de Penafiel.

A mesma fonte referiu que a criança também esteve nas instalações da PJ, tendo de seguida sido entregue a uma instituição ligada à Segurança Social.

A bebé não chegou a deslocar-se ao hospital, dado que a instituição de acolhimento referiu ter médicos que poderão analisar o seu estado de saúde.

Os investigadores tencionam ainda ouvir durante esta terça-feira o companheiro da suspeita e a irmã deste e não descartam a possibilidade de a detida ter beneficiado da cumplicidade de pessoas próximas.

Queria um menino, mas levou uma menina

«Disse que queria um menino. Mas ao chegar ao hospital encontrou uma bebé que estava sozinha e a chorar. Acabou por trazê-la», adiantou uma fonte policial. A origem da bebé terá levantado suspeitas junto de quem estava mais próximo da alegada raptora. O companheiro e a irmã deste desconfiavam que a criança não era filha do casal. Ao longo do último ano a «falsa» mãe recusou-se sempre a registar e a baptizar a bebé.

«A data apresentada como de nascimento da bebé é a mesma do rapto. Daí eles terem pensado que se tratava da criança de Penafiel», explicou. Esta manhã, o companheiro e a irmã terão ido à Conservatória para verificar se havia algum nascimento no local e dia apontados pela suspeita. «Ao verem que não, foram à polícia».

As denúncias foram apresentadas à PSP de Valongo ao final desta manhã. De imediato, agentes de autoridade foram à casa da suspeita e confrontaram-na com os factos. «A princípio disse que não, mas depois revelou estar com medo de ser presa».

Bebé «é a cara chapada da mãe»

Ao que o PortugalDiário apurou a bebé com pouco mais de um ano «é a cara chapada da mãe e de um irmão mais novo. É provável que mais tarde ou mais cedo ela viesse a entregar a bebé», referiu a mesma fonte policial.

A suspeita tem duas filhas com quem vivia. «A senhora estava calma. É uma família com algumas dificuldades, alguma falta de higiene, no entanto, tanto a bebé como as outras duas meninas aparentavam ser bem cuidadas». As duas menores vão ficar, temporariamente, à guarda de uma vizinha e serão acompanhadas pela Comissão de Protecção de Menores da localidade.

A suspeita terá dado a indicação de que a menina foi ao médico duas vezes, no entanto, não terá tomado as vacinas necessárias. A mulher terá ainda dito que gostava da bebé «como se fosse sua filha».

Entretanto, fonte do Instituto Nacional de Medicina Legal (IML) referiu ao PortugalDiário que as amostras de ADN dos pais biológicos e da criança encontrada esta segunda-feira já chegaram ao IML do Porto. Os resultados poderão ser conhecidos «amanhã (terça-feira) ao final da tarde», referiu a mesma fonte.
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