O perfil para criar uma empresa inovadora - TVI

O perfil para criar uma empresa inovadora

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Larga maioria quer expandir os seus serviços para novos mercados

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Já pensou o que motiva um empreendedor a criar uma empresa inovadora? Ou com que idade média o costuma fazer? E quem já têm uma empresa, será que em tempos de crise pensa poder vir a criar outra? Saiba tudo sobre o perfil do empreendedor português neste artigo.

Segundo o estudo «Empreendedorismo e Inovação nas PME em Portugal: A Rede PME Inovação COTEC», apresentado esta quinta-feira, a grande maioria dos empreendedores (77,8%), fundou a sua empresa quando tinha entre 25 e 35 anos, sendo que a média de idades situa-se nos 30,5 anos.

Regra geral, o empreendedor inovador tem habilitações ao nível da licenciatura, bacharelato ou curso médio (51,7%). Existem 20,7% de empreendedores que possuem uma pós-graduação e 26,7% com uma habilitação ao nível do mestrado ou doutoramento.

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Antes da criação da empresa actual, a maioria trabalhava por conta de outrem (75%) e a verdade é que a realização pessoal (76,7%) é consensual nos inquiridos quando se tem em conta os motivos para a criação de uma empresa, diz o mesmo estudo, realizado pelo ISCTE no contexto do LINI (Lisbon Internet and Networks International Research Programme).

No entanto, é de realçar que cerca de metade destes criou a empresa devido às potencialidades das novas tecnologias (46,7%) e por aproveitamento de uma oportunidade de negócio (43,3%).

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Certo é que mesmo em tempos de crise, existe uma elevada proporção de empreendedores que pensa vir a criar uma nova empresa. Na verdade 46,7% dos inquiridos respondeu afirmativamente a esta pergunta, contra 40% que não pensa vir a criar outra empresa no futuro, diz o mesmo estudo que visa explorar o fenómeno do Empreendedorismo e da Inovação no seio das PME Portuguesas, tendo por base um questionário realizado junto das 101 empresas da Rede PME Inovação COTEC.

Na criação da primeira empresa 3 em cada 4 pessoas (70%) arrisca colocar os seus próprios capitais. Já para criação da segunda empresa, o financiamento é maioritariamente (60%) constituído por endividamento de terceiros (crédito bancário, investimento de particulares e crédito de risco), sendo que 43,3% assume o risco de financiar a empresa por base de capitais próprios.

Trabalhadores com elevada qualificação apostam mais

No que toca ao nível de escolaridade dos trabalhadores, o grau de habilitações da maioria corresponde ao ensino superior, como se verifica nos empreendedores. De facto, cerca de 57% dos trabalhadores das empresas da amostra possuem grau de formação equivalente ou superior a licenciatura. São poucos os colaboradores com estudos primários ou sem estudos (3,57%).

Cerca de 86,7% das empresas da Rede PME Inovação actuam simultaneamente no mercado nacional e estrangeiro, tendo pelo menos um cliente fora de Portugal. Os 90% de clientes nacionais correspondem apenas a 62,3% do volume de vendas, enquanto os 10% de clientes não nacionais suportam 37,7% do volume.

Ao nível das vantagens competitivas, quase todas as empresas (93,3%) consideram que as suas vantagens derivam de um produto ou serviço prestado especializado. Quatro em cada cinco empresas (80%) vai mais longe, ao afirmar que a diferenciação tecnológica é também uma vantagem competitiva.

Maioria quer expandir produtos para novos mercados

Tendo em vista o crescimento das suas empresas, a maioria dos empreendedores considera que a melhor via passa pelo desenvolvimento de novos serviços(83,3%). Uma larga maioria (76,7%) espera ainda expandir os seus produtos para novos mercados.
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