«Não acordámos para estes problemas com a detenção de Sócrates» - TVI

«Não acordámos para estes problemas com a detenção de Sócrates»

João Semedo (Lusa/André Kosters)

João Semedo, do BE, diz que não é a detenção de Sócrates que levou o partido a pensar sobre «aquilo que há muito tempo temos procurado refletir» em Portugal

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O coordenador do BE João Semedo defendeu esta terça-feira que a reflexão que o partido defende como «mais premente» é sobre a relação entre Estado, política e negócios, mais do que o caso de José Sócrates, que recusou comentar.

«Não é a detenção nem as acusações que o Ministério Público faz a José Sócrates que nos levam a refletir de forma diferente sobre aquilo que há muito tempo temos procurado refletir na sociedade portuguesa, que é aquele triângulo em cujos vértices estão o Estado, a política e os negócios», afirmou o ainda coordenador bloquista aos jornalistas, no parlamento.

Para Semedo, «não é o caso de José Sócrates que torna essa reflexão mais premente, são mudanças que há muito tempo o Bloco reclama, pelas quais se tem batido com propostas concretas».

«Sobre o caso, não tenho nada a dizer, gostava de deixar claro que não acordámos para estes problemas com a detenção de José Sócrates», declarou, referindo que reconhece «que há no país um estado de estupefação, de admiração, de choque».

O ex-primeiro-ministro José Sócrates vai ficar detido no Estabelecimento Prisional de Évora, onde já passou a noite, depois do primeiro interrogatório judicial e de ter sido colocado em prisão preventiva, assegurou hoje à Lusa fonte prisional.

O ex-primeiro-ministro é o primeiro ex-chefe de governo da história da democracia portuguesa a ficar em prisão preventiva, indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção.

Os outros dois arguidos em prisão preventiva no âmbito do «processo Marquês», encontram-se presos preventivamente no Estabelecimento Prisional Anexo às Instalações da Policia Judiciária, na rua Gomes Freire, em Lisboa, confirmou a mesma fonte.
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