Sócrates com o Papa: «Economia? Não falei, mas era boa ideia»

José Sócrates, juntamente com o ministro Luís Amado, esteve reunido com o Papa Bento XVI durante cerca de vinte minutos. À saída da Nunciatura Apostólica, em Lisboa, o primeiro-ministro sublinhou as boas relações com a Igreja e lamentou não ter abordado os últimos dados da economia portuguesa.

«Nem sequer disso [situação económica] falámos. Por acaso teria sido uma boa ideia referir o facto de hoje termos tidos grandes notícias de crescimento económico em Portugal e isso poder associar-se à visita do Papa a Portugal», disse Sócrates aos jornalistas.

«Tive a ocasião de transmitir a sua eminência a alegria que o povo português experimenta pela sua visita, assegurar-lhe também a excelente relação que existe entre o Estado e a Igreja católica e também tive ocasião de sublinhar a importância que as instituições da Igreja têm no nosso país, em particular no desenvolvimento das políticas sociais», friso, acrescentando:

«A ligação entre o Estado e a Igreja ao nível da partilha de esforços para responder a todas questões sociais tem sido muito importante. Nós desejamos mantê-la e desenvolvê-la e, por isso mesmo, tive ocasião de dizer que as relações, aqui em Portugal, entre o Estado e todas as confissões são excelentes».

«Tive a oportunidade de expor aquilo que são os trabalhos de desenvolvimento e aplicação da Concordata, as excelentes relações entre o Estado e Igreja, e o que isso contribui também para que em Portugal tenhamos uma relação muito descomplexada com todas as confissões religiosas e uma situação de liberdade religiosa que muito nos satisfaz», referiu.

Quanto à impressão pessoal com que ficou do Papa, diz que já o conhecia da altura em que assumiu o seu Pontificado, pelo que apenas reforçou a ideia: «É um homem culto e afável, o que dá origem a uma conversa muito agradável, como aquela que tivemos».